Setembro 19, 2024
Desaparecimento de Didier Roustan. | Elísio
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Desaparecimento de Didier Roustan. | Elísio #ÚltimasNotícias #França

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Sua paixão, seu lirismo, seu tom intransigente encantam há décadas quem ama o futebol como ele o guardava no coração: popular, romântico, inteiro, cheio da fúria da Bombonera ou do Vélodrome, das acelerações de Cruyff, dos gols de Maradona e dribles de Sócrates. Didier Roustan foi mais do que um jornalista, foi, para milhões de telespectadores, um rosto familiar, irredutivelmente engraçado, fiel, autêntico. Seu desaparecimento lamenta todos aqueles que amaram, vibraram, choraram ao lado dele durante as partidas de futebol francesas e internacionais.

Nascido em 10 de outubro de 1957 em Brazzaville, Didier Roustan cresceu em Cannes, onde sua família se estabeleceu após seu nascimento. Desde a infância nos Alpes-Marítimos, Didier Roustan manteve para sempre o amor pelo Mediterrâneo e pelo ASC, o clube de Cannes, onde quando criança vestiu a camisola 5, a do líbero. Em 1976, aos dezessete anos, orientado pela mãe que detectou nele um talento para o comentarista esportivo, tornou-se estagiário no departamento de esportes do primeiro canal de televisão. Aí ele rapidamente se estabeleceu, através da sua verve, do seu empenho, do seu talento. Pierre CANGIONI, apresentador do “Téléfoot”, impressionado pela cultura enciclopédica e pela originalidade de espírito deste adepto do futebol, bem como pelas suas atuações com bola, colocou-o no ar. Em 5 de setembro de 1979, comentou ao vivo sua primeira partida, uma “Suécia-França”, antes de seguir brilhante carreira como chefe de futebol da TF1 a partir de 1984. Em seguida, assumiu o comando do “Téléfoot” de 1986 a 1989, deixando sua marca no show lendário. Com seu estilo, seu caráter intransigente, seu olhar excêntrico, ele nunca hesitou em inventar novas formas televisivas. Todo este temperamento, sem concessões, afastou-o por algum tempo do primeiro canal, antes de ingressar no Canal + onde criou a revista “Mag Max” e depois a Antenne 2 onde realizou o projeto Coupe de la Ligue, cuja primeira edição foi realizado durante a temporada 1994-1995.

Mais do que um trabalho ou uma paixão, o futebol era a sua vida. Como tal, Didier Roustan aproximou-se de algumas das maiores lendas do seu tempo. Amigo de Diego Maradona, comentarista de Eric CANTONNA da Euro 92 e da Copa do Mundo de 94 na Antena 2, criou com os dois últimos a Associação Internacional de Jogadores Profissionais em 1995 para promover a causa dos jogadores de futebol. Voltando ao ar na Team TV em 1999, foi o rosto do “Finel football”, ao lado de Pierre MENES e Karim NEDJARI, então pilar da “Equipe du soir”. “Presidente vitalício” do espetáculo, Didier Roustan conseguiu unir ao seu redor uma comunidade de aficionados, os seus “bravos”, com quem trocou opiniões, previsões e golpes de sangue. Esse personagem midiático, querido pelos telespectadores, escondia um homem de lealdade e comprometimento. Em 2003, ao lado de Arsène WENGER, fundou a associação “Foot Citoyen” para lutar, como fez ao longo da vida, contra a violência e o racismo no futebol. O seu livro de memórias, “Puzzle”, publicado em 2023, contava a história de uma vida dedicada a um desporto, à sua imaginação, às suas epopeias.

O Presidente da República e a sua esposa prestam homenagem a um amante do “belo jogo” e do “belo gesto”, uma “bela alma”, apaixonada e generosa. Eles enviam suas mais sinceras condolências à sua família, aos seus entes queridos, aos seus amigos e a todos aqueles que o amavam.

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