Setembro 20, 2024
Fed vira atenções da inflação para a economia | EUA
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Mostrando que a inflação deixou de ser a sua única preocupação e que o desempenho mais fraco da economia passou agora a ser decisivo no rumo da sua política, a Reserva Federal norte-americana (Fed) optou esta quarta-feira por realizar um corte de meio ponto percentual na sua principal taxa de juro de referência, dando ainda sinais de que novas descidas no custo de financiamento vêm a caminho.

A redução dos juros a primeira realizada pela Fed desde 2020 já era largamente antecipada pelos analistas. No entanto, o resultado da reunião desta quarta-feira era ainda assim visto como um dos mais imprevisíveis dos últimos anos, porque os responsáveis do banco central dos EUA deixaram até ao fim a dúvida se iriam optar por um primeiro corte mais moderado de 0,25 pontos percentuais ou se iriam ser logo mais audazes, fazendo baixar os custos de financiamento na economia de forma mais rápida.

A escolha de Jerome Powell e dos seus pares acabou por recair num corte forte de 0,5 pontos percentuais, que colocou a principal taxa de juro de referência da Fed no intervalo entre 4,75% e 5%.

Isto revela que, com a inflação já mais perto da meta de 2%, depois de ter caído em Agosto para os 2,5%, e o mercado de trabalho norte-americano a dar sinais de arrefecimento (incluindo um abrandamento dos salários), o banco central, que até aqui tinha estado essencialmente focado em fazer cair a inflação, assumiu agora também, de forma determinada, a tarefa de assegurar uma aterragem suave da economia.

No comunicado em que foi anunciada a decisão, a Fed explica que “o comité [que decide as taxas de juro] tem agora maior confiança que a inflação se está a mover de forma sustentada em direcção a 2% e considera que os riscos para o cumprimento das suas metas de emprego e de inflação estão aproximadamente em equilíbrio”.

Ao contrário do BCE, que tem como único mandato assegurar a estabilidade de preços na zona euro, a Reserva Federal norte-americana tem também como uma das suas incumbências maximizar o nível do emprego na economia. No comunicado desta quarta-feira, salienta-se que será dada igual atenção “aos dois lados do mandato dual”.

Ao descer as taxas de juro de forma rápida, a Fed tenta que as famílias e as empresas sintam logo de forma significativa uma redução dos custos de financiamento, dando desta forma um estímulo ao crescimento do consumo e do investimento.

E para dar ainda mais força a este movimento, os responsáveis da autoridade monetária foram mais longe do que o simples corte de taxas de juro, dando já sinais claros que novas descidas vêm já a caminho.

Nas habituais previsões para evolução dos juros apresentadas pelos membros da Fed, antecipa-se agora que, até ao final deste ano, ainda se irá assistir a uma descida de 0,5 pontos percentuais, algo que pode acontecer com cortes sucessivos de 0,25 pontos percentuais nas duas reuniões que faltam.

Para 2025, a projecção é de uma descida de um ponto percentual na taxa de juro de referência, acabando esta por cair mais meio ponto percentual em 2026 até a um intervalo situado entre os 2,75% e os 3%.

Na conferência de imprensa que se seguiu à decisão, quando questionado sobre se o facto de este início de ciclo de descidas ter começado logo com um corte de 0,5 pontos não significa que a Fed já se pode ter atrasado no objectivo de evitar uma recessão, Jerome Powell tentou mostrar-se o mais optimista possível.

“Não penso que estejamos atrás da curva. E o movimento que fizemos agora mostra que estamos decididos a não ficar atrás da curva”, afirmou Jerome Powell que procurou igualmente que, nos mercados, não vissem a decisão do Fed como um sinal de alerta para o actual estado da economia norte-americana. Powell garantiu não ver “nada na economia que nos diga que a probabilidade de uma contracção seja elevada”.

Nos primeiros minutos após a decisão, os índices da Bolsa de Nova Iorque, que há cerca de um mês caíram devido aos receios relativamente a uma recessão, registaram uma subida de cerca de 0,5%.

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