Setembro 21, 2024
Tallis Gomes segue no conselho da Hope após falas machistas | Carreira
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Tallis Gomes segue no conselho da Hope após falas machistas | Carreira #ÚltimasNotícias #Portugal

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Questionada pela reportagem sobre as declarações de Gomes, Chayo enviou uma nota por meio de sua assessoria de imprensa, dizendo o seguinte:

“Tallis é um membro externo do conselho consultivo, a declaração dele não representa os princípios da Cia [abreviação de companhia]. Me surpreendi ao ler o post, pois não reflete a conduta dele no conselho, sempre respeitou e valorizou a liderança feminina em nossa marca. Nós como empresárias, sempre acreditamos no nosso papel de protagonistas e na liberdade em escolher nossos caminhos pessoais e profissionais.”

Procurada diretamente pela reportagem em seu WhatsApp para comentar o assunto, Chayo respondeu por mensagem: “Estou em Nova Iorque numa programação intensa. Emiti um pronunciamento através da minha assessoria de imprensa.”

A fala de Gomes, no entanto, gerou o cancelamento de uma palestra que ele faria na segunda-feira (23) no Instituto Caldeiraum hub de inovação em Porto Alegre com 43 empresas fundadoras, entre elas Renner, Gerdau e Grupo RBS.

Pedro Valériodiretor executivo do Instituto Caldeira, disse ao Valentia que a palestra seria para um público de empreendedores, membros da comunidade empresarial do Rio Grande do Sul, startups e alguns estudantes. “O auditório que ele daria palestra tinha previsão de 1.200 lugares”, disse Valerio.

A organização decidiu cancelar a apresentação diante da repercussão da fala de Gomes.

Tallis Gomes, CEO da G4 Educação, no Podcast Café com Ferri, quando polemizou ao falar que seus funcionários trabalham 80 horas por semana — Foto: Reprodução/YouTube
Tallis Gomes, CEO da G4 Educação, no Podcast Café com Ferri, quando polemizou ao falar que seus funcionários trabalham 80 horas por semana — Foto: Reprodução/YouTube

Entenda a polêmica de Tallis Gomes

Ao receber, no Instagram, a pergunta “Se sua mulher fosse CEO de uma grande companhia, vocês estariam noivos?” de um usuário, Gomes respondeu “Deus me livre de mulher CEO”.

Em sua resposta, o empreendedor disse ainda: “Vcs não fazem ideia da quantidade de stress e pressão envolvida em uma cadeira como a minha. Fisicamente vc fica muito abalado, psicologicamente vc precisa ser MUITO, mas MUITO cascudo para suportar. Na média, essa [sic] não é o melhor uso da energia feminina. A mulher tem o monopólio do poder de construir um lar e ser base de uma família – um homem jamais seria capaz de fazer isso. Pra quê fazer a vida dessa mulher pior dessa forma?”.

A resposta continuou da seguinte forma: “O mundo começou a desabar exatamente quando o movimento feminista começou a obrigar a mulher a fazer papel de homem. Hoje, vejo um bando de marmanjo encostado trabalhando pouco e dividindo conta com mulher. Eu entendo que temporariamente pode acontecer, eu mesmo já passei por isso no passado – mas tem que ser algo transitório.”

Ele finalizou da seguinte forma: “Homem que tem condições de bancar sua mulher e não o faz, está perdendo o maior benefício de uma mulher, que é o uso da energia feminina nos lugares certos, lar e família.”

O texto publicado no stories de Gomes no Instagram causou enorme repercussão em redes sociais como o LinkedIn e também em grupos de executivas no WhatsApp.

Uma das executivas que se pronunciou foi Luiza Helena Trajanopresidente do conselho de administração do Revista Luiza e presidente do Grupo Mulheres do Brasil. Em post no LinkedIn, ela disse:

“O Magalu fez uma parceria pontual com o G4 para oferecer um curso a pedido dos sellers do nosso marketplace. Não concordo em nada com o posicionamento de um dos sócios da empresa a respeito das mulheres. Criei três filhos trabalhando muito, inclusive como CEO do Magalu. Soube cuidar deles e dos idosos da família. Tenho amigas íntimas que optaram por ficar em casa para criar seus filhos mais de perto. Simplesmente escolheram outro estilo de vida, e nunca as critiquei. Tanto os meus filhos quanto os delas são felizes, comprometidos e legais. Sempre digo: não há receita para criar uma família. De uma coisa tenho certeza: nós, mulheres, podemos ser aquilo que queremos e optamos ser.”

Em menos de 24 horas a postagem registrou mais de 12 mil interações, 616 comentários e 464 “reposts”.

Além de muitas executivas e empreendedoras se posicionando publicamente, homens também deixaram sua opinião sobre o assunto em seus murais no LinkedIn.

Daniel Mazini, country manager da Amazon no Brasilescreveu “Dia difícil para todas as pessoas que sabem que mulheres são tão competentes quanto os homens em diversas áreas do mundo de negócio por conviverem, trabalharem para elas, admirarem e se inspirarem em suas atuações como líderes fortes e capazes. Basta existir o espaço para isso acontecer.”

Ao ValentiaMazini comentou “minha chefe é mulher, a vice-presidente da América Latina para a Amazon, a minha liderança da Amazon Brasil é na sua maioria mulher, e tem uma mulher superforte em casa também. Além disso fui embaixador do movimento pela licença paternidade CoPai [Coalizão Licença Paternidade]que busca reduzir um pouco essa inequidade que temos no Brasil”, reforçando seu posicionamento.

CEO da consultoria de recrutamento executivo Fesa Group, Carlos Guilherme Nosé também se posicionou no LinkedIn: “Quando vi, achei que era Fake…. De tão absurdo que é!”

Na sequência Nosé agradeceu às mulheres que trabalham com ele na organização e “construíram e continuam construindo uma empresa diferenciada”, além das “milhares de executivas mulheres que já foram recrutadas pela Fesa e que impactam positivamente nossos clientes”.

Diego Barreto, CEO do iFooddisse também pelo LinkedIn: “Que a sociedade permita que as mulheres possam ser o que elas quiserem, inclusive CEOs. […] Minha opinião em torno deste tema é: Mulheres merecem as mesmas oportunidades dos homens; Hoje elas não têm; Homens devem entender por que; Homens podem (e devem) contribuir para que as oportunidades sejam similares; Homens e mulheres deveriam lutar por uma sociedade mais justa e igualitária.”

Depois da repercussão, em nota enviada por sua assessoria de imprensa ontem, Gomes disse, entre outras coisas: “Eu errei feio num texto no Instagram. E quero reconhecer o erro e pedir desculpas. Muitas mulheres se sentiram machucadas pelas minhas palavras, e eu estou profundamente chateado por ter magoado essas pessoas.”

Terminou a nota comentando que “o lugar das mulheres é onde elas quiserem estar. Seja na vida pessoal, seja no mercado de trabalho.”

Esta não é a primeira vez que Tallis Gomes faz comentários do tipo. Este ano, ele falou em um podcast que não contrata “esquerdista” e que seus funcionários trabalham 80 horas por semana. A declaração também repercutiu nas redes sociais.

Também este ano, em um vídeo no stories do Instagram, Gomes comentou que falar de saúde mental no trabalho é coisa de “bullshiteiro”. “Quem anda falando isso na internet é um bando de vagabundo que não faz nada e está querendo arrumar desculpa para trabalhar pouco.” O assunto também repercutiu nas redes.

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