Mulher é condenada por partilhar imagens íntimas após revogação de consentimento
Uma recente decisão do Tribunal de Magistrados da ACT revela um caso alarmante de partilha não consensual de imagens íntimas, destacando questões de consentimento e retaliação nas redes sociais.
Culpa e Sentença: Uma Questão de Retribuição
A mulher, agora condenada, partilhou imagens íntimas de si mesma e do seu ex-parceiro na plataforma OnlyFans, mesmo após este retirar o consentimento. Em vez de ser encarcerada, recebeu uma pena suspensa de cinco meses e 12 dias por distribuição agravada de imagens íntimas sem consentimento.
O magistrado Ian Temby sublinhou a complexidade do caso, que envolvia o consentimento inicial do homem para a partilha das imagens, acordada enquanto o casal ainda estava junto.
Retirada de Consentimento Ignorada
O relacionamento terminou em junho de 2022, quando a vítima solicitou que todos os conteúdos, incluindo vídeos e fotos, fossem removidos da plataforma. No entanto, a mulher ignorou o pedido, afirmando: "Não vou desfazer-me de nada".
Em suas redes sociais, ela ainda publicou uma carta do advogado da vítima, zombando dele e manifestando um espírito de retribuição. "Espero que percebas que te meteste com a pessoa errada," escreveu ela, refletindo a animosidade que caracterizou o caso.
Uma Perspectiva Legal Complicada
Um aspecto central do julgamento foi se o consentimento anterior reduzia a gravidade das ações da mulher após a revogação. O magistrado concordou com a acusação, afirmando que, mesmo que o homem tivesse consentido inicialmente, isso não mitigava o sofrimento causado pela partilha contínua das imagens.
"Ele teve uma experiência completamente diferente de alguém que apenas gravou vídeos para uso privado," destacou Temby.
Questões de Saúde Mental e Comportamento
O magistrado também considerou a saúde mental da ré e a dinâmica de violência familiar no relacionamento, afirmando que esses fatores atenuaram a sua culpabilidade. Com um mandato de boa conduta de 12 meses, a mulher não enfrenta prisão, mas sua história levanta preocupações sérias sobre consentimento e privacidade nas redes sociais.
Este caso serve como um alerta sobre as implicações legais e emocionais da partilha digital, e a necessidade urgente de um maior entendimento sobre consentimento nas plataformas online.
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