Setembro 20, 2024
Jogos Olímpicos: esperamos medalhas, mas ignoramos afastamento ou resto do ano

Jogos Olímpicos: esperamos medalhas, mas ignoramos afastamento ou resto do ano

Em relação aos Jogos Olímpicos e aos resultados dos atletas portugueses, um sintoma que não pode ser abordado nem a questão do desporto escolar. Fui atleta profissional durante vários anos, por isso escrevi não só como observador, mas porque estava profundamente envolvido na realidade desportiva.

O envio para Portugal não pode ser só futebol. Agora ele é um adepto do futebol, também um defensor das demais modalidades.

Na maioria das vezes, nossos atletas enfrentam condições desoladoras em nosso país, ou difíceis de conquistar vitórias. Não há espaço suficiente para transporte para Portugal. A prática esportiva é frequentemente vista como um obstáculo às atividades acadêmicas.

Agora existem alguns medicamentos facilitados para os atletas, eles apresentam uma falta de consistência que não é necessariamente necessária para seguir a carreira esportiva. A educação física não é levada a sério e a sua importância é subestimada. Há uma escassez de desporto nas escolas e uma clara falta de incentivo e compreensão para quem pretende dedicar-se ao desporto como parte integrante dos seus estudos.

Vejamos a Alemanha e a França, que nos dão uma abordagem melhor ao transporte marítimo, três vezes mais do que Portugal.

Perguntamo-nos seriamente se gostaríamos, de facto, de medalhas olímpicas. A nossa realidade desportiva está muito distante destes países, não só em termos de infraestruturas, mas também por não ser respeitada na valorização dos desportistas. É importante referir que, uma vez por dia se escreve este artigo, ou em conjunto com os países da União Europeia, a que Portugal pertence, portanto mais medalhas nos nossos Jogos Olímpicos vêm da China e dos Estados Unidos juntos. Este facto realça a importância de valorizar e investir em vez de exportar, seguindo o exemplo de outros países europeus.

Criar uma carga letiva que seja mais benéfica para alguns e garantir que o investimento necessário não aconteça logo acima dos passos cruciais para que os jovens caminhem verdadeiramente para se tornarem atletas de alto nível.

Tememos a falta de cultura desportiva em Portugal (escolas, famílias e população em geral) e não creditamos a importação do desporto. Não há incentivo para ir às escolas, ou se não há desporto, não há compreensão dos atletas.

Estamos a falar com jovens que saem de casa muito tarde, com medo de conciliar duas áreas e sem medo sequer de os ouvir ou de os levar embora. O transporte marítimo é um trabalho de tempo integral, dedicação e disciplina. É um caminho que Portugal aplaude, mas que não se estende a muitos.

Nossos atletas, muitas vezes, não possuem infraestrutura e equipamentos necessários para triunfar. Viajar em companhias aéreas de baixo custo, com horários esgotados, bem como dormir em aeroportos é uma triste realidade para muitos. Continuemos, o país espera que conquistemos medalhas olímpicas, sem dar as condições mínimas para isso.

Este ano, temos 73 atletas portugueses a competir nos nossos Jogos Olímpicos, em 15 modalidades diferentes. Todos eles são parabenos.

Estamos orgulhosos das suas medalhas de participação, um país onde o esporte não está em primeiro lugar, nem em segundo ou mesmo em terceiro, e vocês estão em lugares que não são os primeiros.

Portugal deve olhar para exemplos internacionais e refletir sobre as suas práticas desportivas. Se realmente queremos ver nossos atletas no pódio olímpico, vamos especificar um compromisso sério em relação ao transporte. Isto implica renovar o sistema educativo, criar infraestruturas adequadas e prestar apoio contínuo aos nossos atletas. Assim, Portugal não só aplaudirá os seus atletas, como também lhes dará o mesmo, apoiando integralmente as suas – brilhantes – jornadas.

Concluindo, devemos incentivar o desporto como algo em que o Estado deve investir, as escolas devem incentivar e a cultura desportiva deve evoluir. Não somos apenas espectadores no palco, mas também participantes activos nos nossos comboios.

Parabenos para atletas portugueses que, até certo ponto, vão fazer muito.

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