Maio 8, 2025
a campanha de socos e cadeiradas tem ao menos a boa notícia de que pararam de atacar as urnas eletrônicas

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Bom dia, boa tarde, boa noite, a depender da hora em que você abriu esse e-mail. Sou o editor de Política e Brasil do GLOBO e nessa newsletter você encontra análises, bastidores e conteúdos relevantes do noticiário político.

Depois de cadeirada, soco e baixarias sem fima campanha mais agressiva da história do Brasil vai chegando ao fim com uma boa notícia ao menos: ao contrário das disputas de 2018, 2020 e 2022, finalmente passamos por uma eleição sem que mentiras circulassem sobre as urnas eletrônicas no país.

Durante o seu governo, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez da crítica ao processo de votação um dos motes da sua narrativa — acabou se tornando inelegível por causa da reunião de 18 de julho de 2022 com embaixadores, quando levantou suspeitas sem provas contra as urnas. Naqueles quatro anos de ataques da direita ao processo eleitoral brasileiro, seus atuais candidatos a prefeito em Rio e Belo Horizonte não tinham nenhum pudor em apoiar o método.

Investigações da Polícia Federal sobre a Uma coisa paralela encontraram e-mails de Alexandre Ramagem para Bolsonaro com esse tipo de insinuação mentirosa: “Por tudo que tenho pesquisado, mantenho total certeza de que houve fraude nas eleições de 2018, com vitória do senhor no primeiro turno”, escreveu o hoje candidato do PL. Às vésperas de 6 de outubro, Ramagem até agora não falou nada sobre o assunto.

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  • Ex-diretor da Abin: Leia aqui como Ramagem orientou Bolsonaro a atacar as urnas eletrônicas

Bruno Engler e as suas mentiras sobre as urnas eletrônicas podem ser vistas em seu histórico do Instagram. “Não existe democracia verdadeiramente quando o cidadão não tem segurança de que aqueles nos quais vota vão receber o seu voto. Só é contra o voto impresso quem pretende enfrentar eleições ou se beneficiar de fraude”, disse para uma multidão bolsonarista. “Por que têm tanto medo da auditabilidade das urnas? A gente começa a desconfiar que o pessoal quer mesmo fraudar as urnas”, completou em ato na Praça da Liberdade, em 1º de agosto de 2021. Esse ano, Engler também passou por agosto e setembro em silêncio sobre as urnas.

Em São Paulo, Ricardo Nunes nunca teve essa agenda no passado, até porque o ímpeto bolsonarista do prefeito é recente. E Pablo Marçalna sabatina O GLOBO, Valor e CBN nesta segunda-feira, negou que vá questionar o resultado das eleições caso não vá para o segundo turno.

Como escreve o mestre Ancelmo Gois, melhor assim.

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Insônia, cochilo de tarde e até campeonato para dormir: como os candidatos de Rio e São Paulo estão lidando com o sono

Já que estamos falando de uma campanha estressante e tumultuada, voltarei mais uma vez ao tema do momento para quem se interessa por saúde mental. Na última seção “Recomendo” da newsletter, já havia sugerido podcasts e até um curso sobre Eu sou.

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Desta vez, fui perguntar aos candidatos de Rio e São Paulo sobre o ato de dormir bem, algo que nitidamente passa longe da agenda dos postulantes. Hoje, aliás, poucos deles praticam esporte e boa parte opta pelo atalho do Mounjaro e do Ozempic para emagrecer em vez de revolucionar hábitos alimentares e de exercícios, como mostraram notícias recentes publicadas no GLOBO.

Os mandamentos básicos de qualquer manual de sono são: sete horas por noitemais ou menos no mesmo horário, com o mínimo possível de interrupções. Há duas semanas, novas ferramentas foram sugeridas para uma noite perfeita em uma reportagem do New York Times: fita adesiva na boca, expansores para as narinas, cintas para a mandíbula, essências para travesseiros, sprays de magnésio para os pés, óculos de luz azul e colchão de R$ 22 mil que detecta ronco e vibra na hora de acordar.

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A obsessão já gerou até o termo “sleepmaxxers”. São as pessoas para as quais o sono virou uma fixação e que exibem com orgulho nas redes seus esforços em busca de um descanso melhor. Pablo Marçalpor exemplo, é uma delas. Na internet, há vídeos seus promovendo o uso de relógios que mensuram a qualidade do repouso e até mesmo estimulando competições entre sócios para medir quem dorme mais. Como tudo que cerca o ex-coach, até nisso há dinheiro envolvido: a cada quatro semanas, o líder do campeonato de sono de Marçal ganha R$ 1 mil.

No Rio, ninguém está seguindo os mandamentos básicos do sono ideal. “Normalmente, durmo seis horas, mas, na campanha, está variando para cinco”, diz Alexandre Ramagem. “Invariavelmente, eu acordo às 6h pilhado com a campanha. O essencial é garantir cinco horas para viver um dia seguinte melhor”, conta Tarcísio Motta. “Fora do período eleitoral, tento não dormir depois das 22h. Acordo sempre entre 4h e 5h”, diz Eduardo Paesemendando uma estratégia para recompor as horas não dormidas: “Quase sempre depois do almoço deito uns 15 a 20 minutos no sofá. Nem sapato tiro”, confidencia.

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Em São Paulo, a situação é a mesma. A edição de 27 de agosto da newsletter já mostrou que José Luiz Datena sofre de insônia, e que me pediu que jamais o procurasse para conversar por telefone entre 6h e 10h, horário em que finalmente pega no sono. Tabata Amaral também conta que tem dormido pouco. Chega em casa das agendas entre 23h e 0h, e costuma acordar 5h. Tenta malhar e correr de manhã com alguma frequência, como mostra o seu Instagram e o do namorado João Camposprefeito de Recife.

Nunes e Boulos deram respostas semelhantes. O prefeito de São Paulo conta que dorme entre 0h e 1 da manhã e acorda entre 5h e 6h. O candidato do PSOL afirma que também dorme cerca de cinco horas por dia. “Colocar uma série na hora de deitar ajuda”, diz Boulos, sem saber que, na verdade, atrapalha lidar com telas antes de fechar o olho.

Obsessões do mundo da autoajuda como os campeonatos de sono de Marçal e o uso dos equipamentos sugeridos pelo New York Times já provocaram efeito reverso nos Estados Unidos. O americano Martin Walker, autor do best-seller “Por que nós dormimos: a nova ciência do sono e do sonho”, está aconselhando seus seguidores a ignorarem os conselhos da sua obra. Diante de tantos mandamentos a cumprir e agora o mercado de acessórios a venda, o que era para ser uma bem-vinda mudança cultural virou foco de ainda mais ansiedade para as pessoas. “Não ouçam o meu podcast, não leiam o meu livro, não façam nada disso”, diz agora Walker, preocupado com o que a obstinação se tornou.

• “Descansar é resistir – Um manifesto”

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A ativista Tricia Hersey deu uma série de entrevistas para veículos brasileiros nas últimas semanas sobre o seu livro, best-seller nos Estados Unidos e lançado agora no Brasil. É mais uma obra de sucesso dos tempos modernos de contestação do capitalismo, do patriarcado, da supremacia branca e de aversão ao descanso da classe trabalhadora. Hersey é conhecida por ser a “Bispa do Cochilo”, e suas sessões de sonecas coletivas em instalações provisórias são conhecidas entre os americanos. “Quanto mais cedo você compreender a realidade de que o descanso não é um privilégio ou um luxo, e sim um direito divino e humano que está sempre disponível, mais abundante a beleza do descanso se tornará para você”, escreve na página 165 do seu livro, que exige das pessoas organização diária — e não apenas nas férias e nos fins de semana — para descansar.

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