Junho 9, 2025
A Gronelândia perdeu mais gelo do que se pensava nas últimas décadas

A Gronelândia perdeu mais gelo do que se pensava nas últimas décadas

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Gronelândia; gelo
Os investigadores que elaboraram levante estudo afirmam que o véu de gelo da Gronelândia perdeu muito mais gelo nas últimas décadas do que se pensava.
Joana Campos Joana Campos 5 minutos

Num novo estudo, investigadores dos Estados Unidos compilaram tapume de 240 milénio imagens de satélite das posições finais dos glaciares – onde os glaciares se encontram com o oceano – entre 1985 a 2022.

Quase todos os glaciares da Gronelândia diminuíram ou recuaram nas últimas décadas.

Chad Greene, glaciologista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e principal responsável do estudo.

Greene frisa, também, que não há exceções e que isto está a intercorrer em todo o lado. Os investigadores descobriram que mais de 1000 gigatoneladas (1 gigatonelada equivale a milénio milhões de toneladas), ou seja, 20% do gelo em torno dos limites da Gronelândia se perdeu nas últimas quatro décadas e não foi contabilizado.

Uma vez que o gelo nas extremidades da ilhéu já se encontra na chuva, os autores sublinharam que levante facto terá tido um impacto direto “mínimo” na subida do nível do mar. Todavia, poderia anunciar um maior degelo global permitindo que os glaciares deslizem mais facilmente em direção ao mar.

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Os investigadores descobriram que os glaciares da Gronelândia mais suscetíveis a mudanças sazonais – ou seja, que se expandem no inverno e recuam no verão – são também os mais sensíveis ao impacto do aquecimento global e registaram o recuo mais significativo desde 1985.

Estima-se que o degelo do vasto véu de gelo da Gronelândia – o segundo maior do mundo depois da Antártida – tenha contribuído em mais de 20% para a subida do nível do mar observada desde 2002. A subida do nível do mar ameaço intensificar as inundações em comunidades costeiras e insulares que albergam centenas de milhões de pessoas, podendo vir a submergir nações insulares inteiras e cidades à litoral.

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Aumento das temperaturas

O ano pretérito foi o mais quente de que há registo e as temperaturas dos oceanos foram “persistente e invulgarmente elevadas“, de entendimento com o Copernicus, o observatório europeu do clima.

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O Árticodo qual aquecimento é tapume de quatro vezes mais rápido do que o do resto do planeta, registou o verão mais quente de sempre em 2023em resultado da aceleração das alterações climáticas.

O aquecimento da atmosfera pode provocar o derretimento da superfície dos glaciares e a sua infiltração no fundo do véu de gelo, o que facilita a perda de gelo.

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Os oceanos mais quentes, que absorveram tapume de 90% do excesso de calor causado pela poluição de carbono, estão ligados ao derretimento de plataformas de gelo cruciais que protegem os vastos lençóis de gelo da Gronelândia e da Antártida.

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Os investigadores também manifestaram a sua preocupação quanto a outro impacto potencial: a perturbação das correntes de águas profundas que são os principais fatores dos padrões climáticos globais.

Segundo eles, esta intrusão de chuva gulodice extra que se derrete no oceano pode afetar a Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico (AMOC), um vasto sistema que regula a transferência global de calor dos trópicos para o hemisfério setentrião.

No ano pretérito, um consórcio de cientistas internacionais alertou para o facto de as alterações da AMOC e o degelo dos lençóis de gelo estarem entre as duas dezenas de pontos de viragem climática que colocam a humanidade perante uma ameaço “sem precedentes”.

Referência da notícia:
Greene, C., Gardner, A., Wood, M. et al. Aceleração onipresente na separação do véu de gelo da Groenlândia de 1985 a 2022. Natureza (2024).

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Fonte

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