Hot News
Não há paz nem no chão.
As declarações de Oberdorf me fizeram pensar na experiência recente de mulheres jornalistas críticas a Neymar. Este é apenas um exemplo e, acreditem, há muitos.
No final de semana, viralizou o vídeo de uma atriz falando apenas verdades sobre o atacante do Santos. Lembrando, como tantas de nós fazemos, o comportamento dele fora de campo: episódios de violência de gênero, suspeita de sonegação, crimes ambientais, a fiança de Daniel Alvez e por aí vai.
Preocupada com ela, uma jornalista esportiva que conheço entrou em contato para saber como estava o hate. Se ela estava lidando bem com a chuva de ódio a que estamos tão “acostumadas”. Para nossa surpresa, não havia chuva de ódio, e sim de apoio. Uma enxurrada de comentários — especialmente de mulheres — batendo palmas, aliviadas por ouvir alguém se manifestar em meio ao frisson da volta de Neymar.
Em choque, pensamos: nossa, o problema então é a nossa bolha, onde um vídeo como aquele nos faria precisar deixar as redes por algumas semanas. Normalizamos o absurdo.
Claro que existe ódio em muitos universos, mas o ódio às mulheres é especial em alguns lugares. Lugares em que uma atleta profissional precisa pensar antes de cair. Precisa, ainda dentro de campo, imaginar que tipo de misoginia ela vai sofrer depois. Precisa despender energia de preservação no momento em que deveria simplesmente poder exercer seu ofício.
#hotnews #Brasil #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual