Março 20, 2025
ABC na SBPC | A prestígio da notícia pública da ciência – ABC

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A Acadêmica Thaiane Oliveira (UFF) apresentou um pouco do teor do livro da ABC Desafios e Estratégias na Luta Contra a Desinformação em mesa-redonda na 76ª Reunião Anual da SBPC, em 11/07. Compunham a mesa com ela as professoras e pesquisadoras Ana Regina Barros Rêgo Leal (UFPI) e Luisa Massarani (Fiocruz/Instituto Pátrio de Notícia Pública da Ciência e Tecnologia INCT-CPCT).

Thaiane Oliveira, Ana Rêgo e Luisa Massarani

Thaiane Moreira de Oliveira é jornalista, doutora em Notícia pela Universidade Federalista Fluminense e coordenadora do Laboratório de Investigação em Ciência, Inovação, Tenologia e Ensino (Cite-Lab). É membro do INCT de Governo de Conflitos (Ineac), da Cátedra Unesco de Políticas Linguísticas para o Multilinguismo. É superintendente de Notícia da UFF. É membra afiliada da Ateneu Brasileira de CIências, eleita para o período 2022-2026.

A pesquisadora explicou que DESINFORMAÇÃO é conceituada porquê informação deliberadamente feita para o miragem. “As pessoas compartilham desinformação não por descobrir que é informação verdadeira, mas porque vai ao encontro das suas crenças”.

A pesquisador explicou que a desinformação é uma forma de deslegitimar o conhecimento do outro. “Há uma disputa sobre a informação científica. O mal-intencionado ‘torce’ a informação, se apropria dos signos e retóricas científicas para validar uma desinformação.”

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Notícia e ciência

A notícia mudou. Atualmente, ela se dá prioritariamente pelas redes sociais, sendo que 30% dos brasileiros vivem num deserto informacional, segundo a palestrante. “O papel dos algoritmos na forma porquê nos comunicamos hoje mudou tudo. Precisamos compreender nosso envolvente do dedo para agir sobre ele”, observou Oliveira.

Oferecido que a ciência só sobrevive e se desenvolve a partir de controvérsiaso debate científico verdadeiro e profundo é saudável e faz a ciência evoluir. Oliveira ressaltou que a pseudociência, a anticiência, o negacionismo e a ciência falsa se aproveitam das contradições inerentes ao processo científico e as tratam porquê inconsistência, ou seja, mais uma vez, subvertem as informações científicas porquê forma de validação dos seus argumentos deletérios, geralmente envolvendo disputas políticas.

Porquê enfrentar a desinformação?

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A Acadêmica alertou para as graves consequências da desinformação. “Está ocorrendo uma perda de conhecimento sobre a veras. A gente só sabe a verdade quando tem os dados. Logo, estamos perdendo a soberania de conhecimentoenquanto essas plataformas digitais estão ganhando poder.

Ela ressaltou a prestígio da formação de profissionais capacitados para enfrentar a desinformação nas suas práticas laborais cotidianas, além de formar núcleos de instrução e divulgação científica desde o ensino obrigatório. “Temos hoje pessoas que trabalham com a notícia dentro de um padrão que funcionava na dezena de 90. Talvez esses profissionais ainda não reconheçam as lógicas, as estratégias e as linguagens próprias do envolvente do dedo – ou seja, precisam de atualização. Isso é um ponto importante. Precisamos reconhecer a prestígio da notícia pública da ciência, criando núcleos nas universidades e escolas, criando agências, fortalecendo a notícia.”

Preparar profissionais

A palestrante relatou que desde 2019 as universidades públicas não podem transfixar concurso para notíciaHá um decreto que impede a fenda de concursos, não oferecem vagas para profissionais da notícia de todas as áreas: vídeo, rádio, TV, design, jornalistas etc.. “E aí, volta e meia perguntam por que a notícia omissão. Ela não omissão, ela está ‘sendo falhada’ propositalmente porque reconhece, identifica a estratégia. Enquanto isso, do outro lado, temos políticos vigentes que investem fortemente na notícia”.

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Logo, a Acadêmica alerta que é preciso restabelecer a possibilidade de contratação para o fortalecimento da notícia pública das instituições científicas.  É preciso, também, reconhecer que há uma deficiência de conhecimentos sobre a desinformação científica, há muitas lacunas ainda para serem resolvidas e isso requer mais investimento nessa superfície da informação.

Oliveira propõe que se invista num projecto de ação midiática com checagem de evidências – porque cientistas não produzem fatos, produzem evidências. “Precisamos fabricar uma rede de conexão com a sociedade socialaumentando a nossa participação nos espaços deliberativos do Congresso e do Senado. Investir em ciência e tecnologia é uma quesito de soberania pátrio, assim porquê ocupar esses espaços e investir em notícia pública também é uma questão de soberania pátrio informacional”.

Fonte

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