As ações, inclusive, vem sofrendo desde que o rombo contábil veio à toa, em janeiro do ano pretérito. Não à toa, só neste ano, os papéis da companhia acumulam uma queda de mais de 65%.
Os papéis da empresa ficaram na contramão das demais varejistas, que subiram firme hoje. As ações da Magazine Luiza (MGLU3) subiu 6,36%,1,83%, cotadas R$ 12,21. Também avançavam os papéis das Lojas Renner, 3,88%, cotadas a R$ 12,59 e Grupo Soma 4,19%, a R$ 6,22.
O que dizem os analistas?
As consequências da operação da Polícia Federalista para as ações da companhia, neste momento, podem ser mistas. Ao mesmo tempo que alguns analistas veem um lado negativo, por trazer mais risco e incertezas a saudação do processo de recuperação judicial, outros entendem que pode possuir uma vantagem, caso a companhia receba novas indenizações provenientes da operação.
“Uma operação assim demonstra que existe uma hipótese, mesmo que distante, de uma ingressão de caixa suplementar para a companhia, proveniente da operação. Logo, as ações devem oscilar bastante pelo novo risco, mas no termo das contas, pode ser positivo por essa hipótese de potencial ingressão de caixa futura com indenizações em prol da companhia”, diz Julia Monteiro, comentador da MyCap.
Já Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest, acredita que mesmo caso entre um montante para os caixas da companhia devido à operação, dificilmente isso vai se refletir para o acionista. Segundo o técnico, é provável que haja mais benefícios para os credores, neste caso.
“Acho que a operação vai trazer mais preocupação com o provável delonga desse processo de recuperação da empresa do que uma leitura positiva”, afirma.
Já Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Way Investimentosnão acredita que a operação possa ter mudanças significativas nas ações. Segundo o técnico, pelo vestuário de serem ex-diretores da companhia, já afastados do comando da empresa, o efeito disso nos papéis tende a ser restringido.
