Ações da Azul aceleram alta e avançam mais de 21% | Finanças

Os papéis são afetados positivamente em um dia de dólar mais fraco. No mesmo horário, o dólar comercial caía 1,00%, a R$ 5,5631.

Investidores repercutem também a notícia de que a companhia estaria perto de um novo acordo de dívida com arrendadores de aviões. A empresa estaria oferecendo ações para pagar cerca de US$ 600 milhões em dívidas. As informações são da agência “Reuters”.

Segundo uma fonte ouvida pela agência, há um “momentum para conclusão bem-sucedida de uma reestruturação extrajudicial”.

O analista Rafael Passos, da Ajax Asset Management, explica que a notícia é bem-vinda, porque afasta os temores em torno de uma possível recuperação judicial (RJ), o que vinha pressionando bastante o papel. No acumulado do ano, as ações da empresa recuavam mais de 70%.

Se o acordo for concretizado, Passos diz que a companhia ganha fôlego de curto para conseguir liquidez. “Ela trabalha com nível de alavancagem [endividamento] mais alto e logo depois da RJ da Gol, o mercado passou a olhar para as áreas com uma lupa maior.”

A renegociação com arrendadores também pode permitir uma reavaliação das ações da companhia, na avaliação do Goldman Sachs. Os analistas do banco relembraram que em 2023, a Azul renegociou uma parte significativa de suas obrigações com arrendadores por meio da emissão de um instrumento de capital no valor de US$ 570 milhões a ser recebido por meio da emissão de suas ações.

“O risco potencial de diluição do instrumento de capital de US$ 570 milhões em aberto é uma das principais preocupações sobre as ações, conforme nossas conversas recentes com investidores, juntamente com preocupações de liquidez no curto prazo”, escreveram os analistas.