

Os papéis da Petrobras sobem murado de 2% nesta terça-feira (28) depois a primeira coletiva de prelo da novidade CEO da estatal, Magda Chambriard, que ocorreu na segunda-feira (27), dando pistas ao mercado sobre o posicionamento da dirigente e qual será o verosímil tom da relação com o mercado. Por volta das 11h50, PETR3 subia 1,47%, negociada a R$ 39,27, enquanto PETR4 avançava 2% a R$ 37,75.
Segundo João Abdouni, crítico da Levante Inside Corp, a primeira sentimento é que o procuração de Chambriard será parecido com o que vinha sendo feito por Jean Paul Prates, com algumas alterações na prioridade e velocidade para realização do projecto de investimentos.
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Durante a coletiva, Chambriard afirmou que pretende atender os interesses de todos os acionistas, sejam eles privados ou governamentais e, quando perguntada sobre o verosímil prejuízo ao retorno dos acionistas em forma de dividendo devido à aceleração dos investimentos da estatal, disse que respeitará a lógica empresarial. “Não há porquê gerir uma empresa dessa sem respeitar a lógica empresarial. Dando lucro, sendo tempestivo, atendendo os interesses, tanto dos acionistas públicos quanto dos privados, nós vamos fazer. Vamos agilizar nessa direção. A palavra-chave é conversa. Vamos ter que conversar muito, entender as demandas de cada um e colocar a Petrobras à disposição dos interesses dos seus acionistas dentro da lógica empresarial.” Para Abdouni, o dividend yield esperado é de 15% para os próximos 12 meses.
Margem equatorial
Apesar de alguns posicionamentos de Chambriard remeterem aos mandatos Lula II e Dilma I, porquê a tentativa de ressuscitar a indústria naval e os negócios envolvendo o setor de fertilizantes, alguns pontos positivos merecem destaque, segundo Matheus Spiess, estrategista da Empiricus. “Um exemplo é a resguardo da exploração da Margem Equatorial. Para Chambriard, é crucial repor reservas, e a exploração dessa região, no Nordeste e Setentrião, muito porquê da Bacia de Pelotas, no Sul, é principal para indemnizar o declínio da produção do pré-sal a partir de 2030.”
Para os analistas consultados, a fala de Chambriard sobre a Margem Equatorial é muito positiva. Segundo a CEO da Petrobras, enquanto uma empresa é de petróleo, é preciso pensar em repor reservas, já que é uma força não renovável, e de onde vem “o grosso do retorno da empresa”. “É isso que nós sabemos fazer, produzir petróleo em águas ultraprofundas. O foco não poderia ser outro que não zelar para que essa produtividade dos ativos da Petrobras persista e persista de preferência crescendo e não decrescendo”, disse Magda, em coletiva.