Março 18, 2025
Acompanhe a cotação do dólar e a sessão da Bolsa hoje (4) – 04/11/2024 – Mercado
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Depois da forte subida de sexta-feira (1º), o dólar despencou 1,47% nesta segunda-feira (4) e fechou cotado a R$ 5,783. O resultado foi influenciado pela declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo está pronto para anunciar ainda nesta semana o pacote de medidas de corte de gastos.

O ministro cancelou uma viagem à Europa e voltou a Brasília, para “se dedicar a temas domésticos”, de acordo com uma nota da Fazenda divulgada no domingo (3). Na sexta-feira, o dólar fechou em disparada de 1,52%, cotado a R$ 5,869, em cenário influenciado também pela possível ausência do ministro do país nesta semana.

“Minha ida [à Europa] estava dependendo dessa definição, se esta semana ou semana que vem seriam feitos os anúncios. Como o presidente [Lula] pediu para eu ficar e como as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico, acredito que estejamos prontos esta semana para anunciar [o pacote]”, afirmou Haddad nesta segunda.

O mercado —que também segue de olho na eleição presidencial norte-americana e nas decisões de juros dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos nesta semana— recebeu as falas do ministro como uma sinalização de que a estabilidade das contas públicas voltou ao foco no governo.

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A Bolsa, na esteira, disparou 1,86%, aos 130.514 pontos, amparada pelo alívio na curva de juros futuros.

Mesmo antes das declarações de Haddad, no início da manhã, o mercado já repercutia a permanência do ministro do Brasil.

“A permanência de Haddad é uma sinalização muito importante para os investidores. É claro que não soluciona o problema, ainda é preciso ver como o pacote será apresentado ao Congresso e negociado nas alas políticas, mas já é um bom sinal”, diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

“[O detalhamento] vai ser importante para trabalhar melhor as expectativas da trajetória de endividamento no contexto do arcabouço fiscal, para ele ser executivo.”

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Haddad disse que há “várias definições” sobre as medidas de ajuste discal e que o presidente passou o fim de semana trabalhando o assunto em contato com técnicos, mas não apresentou detalhes do pacote.

Durante a tarde, o presidente Lula realizou, no Palácio do Planalto, uma reunião com a sua equipe econômica e com outros ministros para tentar definir as linhas gerais do pacote de corte de gastos. O encontro durou cerca de três horas, mas terminou em nenhum anúncio de medidas.

Participaram Haddad e as duas outras ministras que integram a equipe econômica, Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviço Público), além do chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Depois também foram chamados ao Planalto ministros de áreas que podem ser afetados pelo corte de gastos, segundo as discussões em andamento. Participaram Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Nísia Trindade (Saúde) e Camilo Santana (Educação).

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Na semana passada, Marinho ameaçou pedir demissão se o governo mexesse em alguns dos temas de sua pasta sem a sua participação, em particular no seguro-desemprego e no abono salarial.

Também estavam no encontro os secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, de política econômica, Guilherme Melo, e a secretária-executiva da Casa Civil. Miriam Belchior.

A Fazenda informou após a reunião que vai seguir se reunindo com ministérios que podem ser afetados pelos cortes nos gastos.

“O Ministério da Fazenda informa que na reunião desta segunda-feira (4), o quadro fiscal do país foi apresentado e compreendido, assim como as propostas em discussão. Nesta terça (5), outros ministérios serão chamados pela Casa Civil para que também possam opinar e contribuir no âmbito das mesmas informações”, afirma a pasta.

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Não foi informado quais ministérios serão ouvidos nos próximos dias.

O detalhamento do pacote de corte de gastos continua em discussão pelos membros do governo. A proposta foi discutida de forma mais ampla com o chefe do Executivo pela primeira vez na semana passada, em reunião no Palácio da Alvorada.

Em encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Haddad buscou apoio para à PEC que ainda está em elaboração. Haddad defendeu a necessidade de uma medida que autorizasse o remanejo do orçamento para estabilizar a trajetória da dívida pública e mostrar ao mercado o compromisso do governo com a questão fiscal.

Entre as propostas em estudo pela equipe econômica, está a adoção de um limite global para as despesas obrigatórias, que seguiria o mesmo índice de correção do arcabouço fiscal (expansão de até 2,5% acima da inflação ao ano) com gatilhos de correção.

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Mudanças relativas a seguro-desemprego, abono salarial e BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, também estão sendo debatidas.

Para Alex Agostini, economista-chefe da agência classificadora de risco Austin Ratin, só o aceno à responsabilidade fiscal não será o suficiente para garantir uma queda sustentável do dólar ao longo dos próximos dias.

Além de o mercado exigir medidas concretas, a desvalorização do real está atrelada, em grande parte, a incertezas das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

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Pesquisas de opinião indicam que o candidato republicano Donald Trump e a atual vice-presidente democrata Kamala Harris estão em empate técnico. No mercado de apostas, porém, as chances de um retorno do ex-presidente à Casa Branca são maioria, levando o mercado a precificar o impacto das propostas de Trump na economia.

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O republicano promete aumento tarifário sobre as importações, especialmente as chinesas, e um possível corte de impostos —medidas que são vistas como inflacionárias e que podem influenciar o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) a manter juros elevados por mais tempo, o que fortalece o dólar.

Uma pesquisa publicada no final de semana, no entanto, apontou um apoio inesperado à Kamala Harris em Iowa, estado anteriormente dominado por Trump. O levantamento, feito pela pesquisadora apartidária J Ann Selzer, é considerada o “padrão ouro” das pesquisas de opinião.

A virada democrata em Iowa desmontou parte das apostas na vitória do ex-presidente. Para efeito de comparação, a probabilidade de um retorno do republicano diminuiu de 64% para 54% na Kalshi, a Bolsa de futuros dos EUA, e de 67% para 58% na Polymarket, a Bolsa de criptomoedas offshore.

Na visão do economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, o desfecho da eleição será fundamental para definir o cenário da economia mundial nos próximos anos.

“As pesquisas de opinião sinalizam uma disputa acirrada entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump, apontando empate técnico em vários dos estados considerados pêndulo, o que torna extremamente difícil antecipar os resultados.”

Com isso, o dólar registrou perdas globalmente. No DXY, a desvalorização era de 0,40%.

A semana ainda guarda as decisões de juros do Fed e do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central).

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Por causa das eleições presidenciais, a reunião da autoridade norte-americana foi adiada em um dia e irá ocorrer entre quarta e quinta-feira, enquanto a decisão do comitê brasileiro será anunciada na quarta-feira, como de praxe.

A expectativa dos agentes financeiros é que o Fed dê continuidade ao ciclo de afrouxamento nos juros. Na reunião de setembro, o colegiado reduziu a taxa em 0,5 ponto percentual, levando-a à banda de 4,75% e 5% —o primeiro corte em quatro anos.

Na ferramenta CME Fed Watch, a probabilidade de uma redução de 0,25 ponto marca 96%. A diminuição do ritmo vem na esteira de uma bateria de dados que indicaram que a economia dos Estados Unidos segue forte, com inflação convergindo à meta de 2% e mercado de trabalho resiliente.

O movimento é o oposto do BC brasileiro. Aqui, o Copom decidiu reiniciar o ciclo de apertos na taxa Selic na reunião passada, quando optou por uma alta de 0,25 ponto percentual e levou os juros a 10,75% ao ano.

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Com a piora no cenário econômico nos últimos 45 dias, o mercado espera que o comitê acelere o ritmo de altas para 0,5 ponto percentual.

Economistas ouvidos pela Folha veem necessidade de um choque maior de juros para levar a inflação para a meta devido a uma série de fatores, sobretudo ao risco fiscal.

(Com Reuters e Financial Times)

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