Março 21, 2025
“Admiro profundamente nascente varão”, diz Oliver Stone na exibição do documentário “Lula” em Cannes – Política – CartaCapital

“Admiro profundamente nascente varão”, diz Oliver Stone na exibição do documentário “Lula” em Cannes – Política – CartaCapital

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Os ingressos esgotaram logo que a bilheteria abriu para a exibição de “Lula”, de Oliver Stone e Rob Wilson, neste domingo (19) no Festival de Cannes, fora da competição solene. Muita gente fez fileira na porta na esperança de possuir desistências de última hora e de conseguir entrar.

A sessão em uma das salas do Palácio dos Festivais estava lotada e a equipe do filme foi calorosamente aplaudida. O veterano cineasta americano disse, antes da exibição, que o documentário é “sobre uma pessoa próprio no mundo de hoje, um líder único”. Oliver Stone lembrou alguns fatos marcantes da vida o presidente brasiliano e acrescentou: “admiro profundamente nascente varão”.

Ele afirmou ainda que sabe “que muitas pessoas da escol detestam o Lula” e pediu que as pessoas da plateia “não o detestem”. O diretor-geral do Festival de Cannes, Thierry Frémeaux, tentou tranquilizar o cineasta afirmando que o público, formado por muitos brasileiros, iria “amá-lo e comprendê-lo”. Por termo, brincou: “quem não gosta do Lula que levante o braço!”, provocando risos.

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“Lula” foi exibido na mostra “Sessões Epeciais” da seleção solene do Festival. O filme retrata a vida do presidente brasiliano, focando na sua prisão, entre 2018 e 2019, sua eleição em 2022 e a volta ao poder “triunfal”.

Entrevista inédita com Lula

Os diretores tiveram um aproximação privilegiado para entrevistas com o presidente brasiliano e seus conselheiros. A principal entrevista, feita por Oliver Stone com o logo candidato à reeleição pelo PT, aconteceu durante a campanha eleitoral de 2022. Ele também conversou com Glenn Greenwald, fundador do site A interceptaçãopara revelar os meandros da Operação “Lava Jato” que levou Lula à prisão.

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O longa ressalta a valimento da “Vaza Jato”, divulgada por Greenwald, para a libertação do líder do PT. O filme denuncia o chamado “guerra jurídica”ou instrumentalização política da justiça, e a implicação dos Estados Unidos na operação Lava Jato.

Além das entrevistas inéditas, o documentário, clássico, é construído com imagens de registo, potencializadas por uma trilha sonora instrumental. Para o público brasiliano, “Lula” não traz muitas novidades – a mensagem do filme visa um público internacional.

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No final da exibição, bastante aplaudida, o codiretor Rob Wilson disse esperar que o público “perceba que é verosímil que as democracias no mundo tenham um político uma vez que o Lula, que cumpre, uma vez no poder, as promessas que faz”.

Stone fez outros filmes com temáticas latino-americanas, uma vez que a ficção “Salvador”, em 1986, com James Woods. Durante sua curso, o diretor também realizou documentários sobre personalidades do continente, uma vez que os três projetos sobre Fidel Castro, lançados entre 2003 e 2012, ou ainda “Meu companheiro Hugo”sobre o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. Várias cenas desses filmes foram reutilizadas em “Lula”, que concorre ao prêmio “Olho de Ouro” de melhor documentário selecionado no Festival de Cannes.

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