adrenalina ácida

Não é sempre que o cinema apresenta, com equilíbrio uma intensidade necessária para envolver e manter a audiência. Sem ir aos extremos do alarmismo e da desesperança. Quando se trata de filmes ação isso se torna ainda mais difícil. Boa notícia é quando os franceses decidem olhar para temas que desafiam as realidades atuais. Um destes acertos é “Tempestade Ácida”, com direção de Just Philippot, o mesmo de “A Nuvem”. O filme conquistou o Prix Ecoprod no Festival de Cannes e trata com a urgência necessária a temática das questões ambientais em meio a conflitos pessoais e sociais. Durante uma onda de calor intensa na França, uma tempestade ácida assola o país enquanto uma garota coloca à prova a relação com seus pais divorciados na luta pela sobrevivência. A crise ambiental que surge na tela vai envolvendo os protagonistas em uma urgente luta pela sobrevivência. O tom de realismo da chuva ácida e de suas consequências vai envolvendo tanto os protagonistas quanto as audiências. As angústias dos personagens pode ultrapassar às telas e produzir uma imersão naquilo que, além de ser uma ameaça real, serve “como metáfora para os desafios que enfrentamos como sociedade”. Na proposta da produção não há o desejo oferecer explicações racionais, mas sim retratar um desastre que se espalha rapidamente. Há uma dualidade explorada com intensidade: A água que é essencial para nossa sobrevivência, de repente, se transforma em uma ameaça. Não se trata de apontar um apocalipse, mas sim de “levantar questões sobre nosso futuro e a urgência de agir”. Quem nos conduz na trama é Guillaume Canet (“Astérix e Obélix – O Império do Meio”), que interpreta o pai protegendo sua filha em meio ao caos. É o gênero catástrofe imbuído de questões sociais que todos nós enfrentamos, “tornando a ansiedade palpável e a narrativa mais crível”. O trabalho cinematográfico está disponível no canal Adrenalina Pura, serviço de streaming especializado em filmes de ação, catástrofe, terror e suspense