Nesse momento, unicamente um time na Ligue 1 está invicto. E não, não é o Paris Saint-Germain, trata-se do Nice, treinado pelo italiano Francesco Farioli, de unicamente 34 anos, que está na segunda colocação do Campeonato Gálico com 26 pontos, unicamente um detrás do clube parisiense. Até a última rodada eram os líderes da competição, mas as Águias acabaram perdendo a ponta da tábua em seguida o empate com o Montpellier. Para manter a caçada ao PSG, eles precisam o Toulouse neste domingo (26). Entenda alguns dos motivos que fizeram a equipe francesa ocupar a requisito atual.
Resguardo sólida une experiência de brasílio com jovialidade de promissor zagueiro e tem saída de esfera quase perfeita
Era difícil projetar que o zagueiro brasílio Dante, aos 40 anos, seria titular em uma das ligas mais competitivas do mundo e ainda porquê destaque. O padroeiro, que passou anos na Alemanha, foi titular em todas as rodadas da Ligue 1 e é um dos melhores jogadores do Nice nesse início de temporada ao lado do zagueiro jovem gálico Jean-Clair Todibo (que só não jogou uma partida), de 23 anos, ex-Barcelona.
A dupla de zaga, junto do goleiro Marcin Bulka e dos laterais Melvin Bard e Jordan Lotomba (oriente, nem tão titular, às vezes substituído por Youcef Atal ou Pablo Rosario), sofreu unicamente quatro gols nas 12 rodadas do Gálico e tem, de longe, a melhor resguardo do campeonato. Foram nove partidas sem sequer suportar um gol.
Mas a zaga do Nice não é unicamente sólida e mostra qualidade para transpor jogando. Dante e Todibo trocam, em média, 83.5 e 78.2 passes por jogo, com índice de acerto de 91% e 90%, respectivamente. Eles estão detrás unicamente de Milan Skriniar e Marquinhos, ambos do PSG. A dupla também tem subida efetividade em lançamentos por jogo, acertando quase quatro a cada 90 minutos (3.9). As estatísticas são do SofaScore.
A efetividade defensiva compensa o ataque quase nulo. São 13 gols marcados nas 12 rodadas iniciais, unicamente o nono melhor ao lado do Lens. Por isso, há poucos destaques individuais no sistema ofensivo de Farioli, normalmente escalado com três atacantes. O líder em gols é promissor nigeriano Terem Moffi, com quatro bolas nas redes, inclusive, um dos gols (além de uma assistência) foi na vitória de 3 x 2 do Nice em cima do PSG em pleno Parque dos Príncipes, em setembro. O marfinense Jérémie Boga, contratado para esta temporada junto a Atalanta, também acumulou boas atuações e tem dois tentos e um passe para gol.
Dante é exceção no Nice: quase todo time titular tem menos de 30 anos, o que ajuda jogo de transição
Do time base do Nice, Dante é um “vovô” em meio aos garotos. Considerando que a equipe titular tem o experiente zagueiro mais Bulka, Todibo, Bard, Lotomba na resguardo, com os meio-campistas Khéphren Thuram, Youssouf Ndayishimiye e Hicham Boudaoui e os atacantes Moffi, Boga e Gaëtan Laborde, ninguém tem 30 anos ou mais. Inclusive, unicamente Laborde e Boga ultrapassam a mansão dos 25 (29 e 26, respectivamente), além, evidente, do padroeiro brasílio.
Para referir, o nome do meia Khéphren, de 22 anos, não é por contingência: ele é rebento de Lillian Thuram, histórico jogador da seleção francesa, Barcelona e Juventus, e irmão de Marcus Thuram, atualmente na Inter de Milão.
Essa jovialidade do time ajuda nos momentos de recomposição, quase metade dos jogos, considerando que o Nice passa unicamente 52.5% do tempo com a posse da esfera, e também nos contra-ataques, principalmente pelo vigor e velocidade dos atacantes, arma possante da equipe que ajudou a desancar o PSG.
Outros candidatos importantes vivem péssimos momentos
Ajuda ao Nice também descrever com menos adversários na luta pelas primeiras posições. Se em outrora Lyon e Olympique de Marselha lutavam na segmento de cima da tábua, hoje ambos têm dificuldades na Ligue 1.
O Lyon vem fazendo o seu pior início de Campeonato Gálico na história. A equipe não venceu nas 11 rodadas iniciais, com quatro empates e seis derrotas – possui um jogo a menos porque sofreu um atentado da torcida do Olympique de Marselha que quase cegou o técnico italiano Fábio Grosso. Ao menos para amenizar a crise, os Gones venceram na rodada anterior e chegaram aos sete pontos, mas o resultado não foi o suficiente para transpor da lanterna do campeonato.
A crise em Marselha é menor, só que ainda preocupante, ainda mais comparando a última temporada do clube, quando terminou na terceira colocação. O Olympique está no meio da tábua, em décimo, com mais derrotas (quatro) do que vitórias (três), além de três empates. A temporada começou sob o comando de Marcelino García Toral, que foi substituído por Gennaro Gattuso no termo de setembro. O último triunfo pela Ligue 1 aconteceu há mais de um mês, em 8 de outubro, quando superou o Le Havre. Inclusive, eles perderam para o Nice no último mês por 1 x 0.