Novembro 18, 2024
André Frateschi canta hits da Legião e outras bandas dos anos 1980

André Frateschi canta hits da Legião e outras bandas dos anos 1980

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Só o rock salva, costuma expor o cantor e compositor André Frateschi. Foi, portanto, seguindo com devoção o legado de figuras uma vez que Cazuza, Herbert Vianna, Nando Reis e Renato Russo – Frateschi assumiu os vocais na turnê comemorativa aos 30 anos da Legião Urbana, em 2015 –, que o paulistano de 48 anos construiu sua curso na música.

Neste sábado (24/2), ele leva para o Jack Rock Bar o que aprendeu com os papas do rock brasílico dos anos 1980, idade do chamado Brock. Frateschi preparou um repertório que ilustra muito os ideais libertário e contestador do rock, com composições de Titãs, Barão Vermelho, Plebe Rude, Paralamas do Sucesso, Lobão, Raimundos e, simples, Legião Urbana.

“São artistas que integram bandas que fazem secção da minha história e que também marcaram uma geração inteira”, afirma o cantor ao Estado de Minas. “E a gente vê – principalmente agora com turnês desses artistas, uma vez que Titãs e Barão – que eles ainda são muito relevantes, né?”, diz, em referência à turnê para a qual a formação original dos Titãs se reuniu e o giro em comemoração aos 40 anos do Barão Vermelho.

Para a apresentação deste sábado, ele reuniu os músicos Dudinha Lima (baixista que toca com Criolo e já acompanhou Lobão), Ângelo Canaã (bateria) e o ex-NX Zero Rafael Mimi (guitarra). Haverá ainda participação próprio da violonista belo-horizontina Jennifer Souza.
Nascido e criado em uma idade em que o Brock era o gênero mais ouvido pelos brasileiros (“Nossa Anitta era o Titãs”, diz Frateschi, em tom de reinação), o músico não hesita em expor que “aprendeu a ser gente” com as canções da Plebe, Pátria Zumbi, Paralamas e Titãs, Legião e Barão.

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Não foram somente as elaboradas letras de Philippe Seabra, Cazuza, Herbert Vianna, Renato Russo, Lobão, Arnaldo Antunes, Nando Reis e os demais titãs que moldaram a personalidade e o caráter de Frateschi. E, sim, a verso das canções combinada com a sonoridade e o comportamento de cada grupo.

Identidade músico

“Esses artistas tinham uma identidade músico. Você ouvia o trecho de uma música e já dizia: ‘Isso daí é Barão’ ou ‘Isso é Legião’. É muito dissemelhante do que temos hoje. A sentimento que me dá é que está todo mundo tão desesperado para conseguir fazer as coisas acontecerem que o resultado final da música é uma mistureba que você não sabe muito muito o que é”, comenta.

Para ele, “as pessoas pegam elementos de um estilo, misturam com outro, fazem um feat com artistas de um outro estilo completamente dissemelhante… Aí fica uma vitamina com salsicha, chantilly e uva passa”.

Frateschi, porém, não generaliza. Para ele, há uma enormidade de artistas fazendo música de qualidade e com identidade própria. A diferença, no entanto, é que eles estão divididos em nichos e não têm a curso impulsionada pela indústria músico.

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O que de indumentária incomoda o roqueiro é a potente associação de amantes do gênero – e até músicos do Brock – ao reacionarismo, o que destoa completamente da origem do rock.

“Não sei explicar esse comportamento”, afirma. “Tem coisas que a gente realmente acha muito engraçado, uma vez que pessoas indo ao show do Roger Waters e achando ruim as mensagens que as músicas dele passam. São pessoas que não entenderam zero, nunca estiveram ligadas ao que estava acontecendo. Ou logo deixaram a tristeza se desmoronar sobre elas”, diz.

“Porque o reacionarismo é uma coisa muito triste, né? É um pânico da mudança. E, com esse pânico da mudança, as pessoas vão se apegando a coisas que não deram notório. Mas eu acho que a gente tem que procurar mudança mesmo. Tem que procurar enterrar preconceitos e as desigualdades”, afirma.

Uma vez que enterrar o preconceito e as desigualdades? Para Frateschi, a receita continua valendo: “só o rock salva”.

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Aproximação com Minas

Em janeiro deste ano, André Frateschi desembarcou em Belo Horizonte para se apresentar com a Solar Big Band, projeto do ex-Skank Henrique Portugal. Desse primeiro contato entre os dois vem nascendo uma relação que pode render parcerias musicais, de harmonia com o paulistano.

“Henrique Portugal é um rostro que também é uma grande referência para mim. A gente vem começando a trocar impressões, letras de músicas, essas coisas. E isso é uma das grandes conquistas para mim. Poder dividir o palco e a vida com essas pessoas que eu admiro e que me inspiraram é muito bom.”

SHOW DE ANDRÉ FRATESCHI

Neste sábado (24/2), a partir das 21h, no Jack Rock Bar (Av. do Perímetro, 5.623, Funcionários). Ingressos esgotados. Informações sobre possibilidade de introdução de novo lote pelo Instagram (@jackrockbar)

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