Março 21, 2025
anomalia magnética não causou enchentes no Sul do Brasil

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ESA/DIVULGAÇÃO

A chamada Anomalia Magnética do Atlântico Sul não tem impacto na chuva extrema com inundações sem precedentes no Rio Grande do Sul, ao contrário do sugerido em dezenas de publicações na internet por pessoas sem identificação alguma com ciência ou estudos que permitam a asserção.

Descobertas recentes em estudos de grandes universidades do mundo trouxeram novas informações sobre a chamada Anomalia Magnética do Atlântico Sul e que alcança uma grande superfície da América do Sul, incluindo secção do Brasil, sobretudo a Região Sul.

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Houve um crescente interesse da ciência pelo tema nos últimos anos, o que levou a novos trabalhos sobre a anomalia no campo magnético da Terreno. O comportamento estranho do campo magnético da Terreno sobre a região do Atlântico Sul pode ser rastreado até 11 milhões de anos detrás, e é improvável que cause qualquer reversão iminente do campo magnético da Terreno, mostrou um estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences.

A Anomalia do Atlântico Sul é um ponto fraco no campo magnético da Terreno, que protege o planeta de altas doses de vento solar e radiação cósmica. Esta anomalia existe porque o cinturão de radiação de Van Allen interno da Terreno se aproxima mais da superfície do planeta, causando um aumento do fluxo de partículas energéticas.

Por sua vez, a anomalia também culpa perturbações técnicas em satélites e naves espaciais que orbitam a Terreno. Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, estudaram rochas ígneas ou vulcânicas da ilhéu de Santa Helena, que fica na anomalia do Atlântico Sul.

Os registros do campo magnético da Terreno estão preservados em rochas ígneas, oferecendo uma visão detalhada da história magnética do planeta. “Nosso estudo fornece a primeira estudo de longo prazo do campo magnético nesta região que remonta a milhões de anos”, disse Yael Engbers, principal responsável do estudo, em enviado. “Isso revela que a anomalia no campo magnético no Atlântico Sul não é isolada, anomalias semelhantes existiam há 8 a 11 milhões de anos”.

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Outro estudo recente descartou risco na aviação mercantil. A Anomalia Magnética do Atlântico Sul provoca níveis significativamente aumentados de radiação ionizante e impactos relacionados em espaçonaves em trajectória baixa da Terreno, porquê um aumento correspondente na exposição à radiação de astronautas e componentes eletrônicos na Estação Espacial Internacional.

De consonância com uma mito urbana, a anomalia também seria supostamente capaz de afetar o campo de radiação na atmosfera, chegando até as altitudes da aviação social. Para identificar e quantificar quaisquer contribuições adicionais para a onipresente exposição à radiação em altitudes de voo, foram realizadas medições abrangentes atravessando a região geográfica da anomalia a uma altitude de 13 km em uma missão de voo única chamada “Atlantic Kiss”.

De consonância com estudo publicado na prestigiada revista científica Nature, durante o voo da pesquisa não foi encontrada nenhuma indicação de aumento na exposição à radiação, assim a anomalia não expõe nem passageiros nem tripulantes de voos comerciais no Brasil, América do Sul ou Atlântico Sul a maiores índices de radiação cósmica.

“É espantoso que bobagens relacionando a anomalia magnética à enchente se espalhem na internet”, comenta a meteorologista Estael Sias. “Trata-se de uma anomalia que atua por milhões e milhões de anos, em que já houve incontáveis enchentes e secas no Sul do Brasil”, diz. “Por que a anomalia que é enorme só provocaria chuva extrema no Rio Grande do Sul enquanto algumas outras áreas cobertas por ela registram déficit de chuva”, indaga.

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A MetSul Meteorologia enfatiza nos máximos termos que o evento de chuva extrema no Rio Grande do Sul com enchentes sem precedentes tem origem exclusivamente no clima com componentes de versatilidade proveniente, porquê El Niño até meados deste mês, e mudanças climáticas que favoreceram bloqueio atmosférico persistente e superaquecimento do Atlântico.

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