Inédito duelo retomará a 15.ª jornada da Liga; amadorenses têm enfrentado problemas com lesões e arouquenses uma mudança de treinador, ambos com boa resposta
Duas equipas que têm sido colocadas perante adversidades, mas que perante as mesmas têm saído a sorrir, irão defrontar-se esta quinta-feira no encontro que marcará a retoma da Liga depois a pausa para a celebração do Natal – depois a Consoada, Estrela da Amadora e Arouca esperam voltar à ação com um triunfo para dar seguimento aos seus bons momentos desportivos.
O Estrela vive uma situação tranquila na Liga – não perde há três partidas e na último jogo disputado alcançou uma paridade no Algarve num contexto que lhe era claramente desfavorável, dada a quantidade de ausências que o limitava, em privativo na resguardo. Frente ao Farense, os tricolores unicamente apresentavam um medial de raiz, Erivaldo Almeida, a quem se juntaram dois elementos repentista, nomeadamente os laterais Hevertton e Shinga, e no final garantiram um empate a zero.
Já o Arouca ainda não perdeu sob o comando do seu novo treinador, Daniel Sousa, o que equivale a proferir que o emblema da Serra de Freita cumpriu os últimos quatro encontros sem saber o sabor da guia. Uma sequência iniciada na Taça de Portugal, através de paridade e desempate por grandes penalidades perante o Boavista, e à qual deu perenidade com um triunfo, novamente sobre os axadrezados, uma paridade com o Rio Ave e a mais recente vitória, sobre o Gil Vicente.
Aconteça o que intercorrer no duelo que se irá realizar na Reboleira, irá fazer-se história. Enfim, não existe qualquer histórico de confrontos entre os dois conjuntos, facilmente justificável pelo facto de o pretérito de Estrela e Arouca ser inverso: quando os amadorenses antes militavam no primeiro escalão, os arouquenses ainda estavam para iniciar a sua fabulosa viagem de subida. Quando o Arouca chegou à Liga, já o Estrela havia pronunciado insolvência para depois reiniciar o seu trajectória a partir das distritais e, mais tarde, na conhecida reativação da sua SAD, resultante de uma fusão com o Sintra Football aprovada em Parlamento-Universal.
O vencedor do duelo poderá, assim, redigir a primeira página de um embate que terá perenidade na segunda volta, nessa profundidade a Setentrião, e que Estrela e Arouca pretenderão republicar por muitas mais ocasiões. Antes de tudo, porque tal significaria que os dois conjuntos assegurariam a manutenção na Liga, porquê é libido de ambas as instituições.
Estrela da Amadora
Sistema: 3x4x3
Onze provável: Wagner Dida, Hevertton Santos, Kialonda Gaspar e Erivaldo Almeida; Jean Philip, Leo Lamb, Vito e John King; Leo Jaba, Ronald e Ronaldo Tavares.
Ferido: Bruno Brígido, António Filipe, Johnstone Omurwa, Pedro Mendes, Mansur, Miguel Lopes e Aloísio Souza.
Em incerteza: Pedro Sá.
Figura: Ronald. Num Estrela que, por força das lesões, se tem visto sistematicamente obrigado a modificar o seu onze inicial e muitas vezes em todos os seus setores, nas alas ofensivas nascente brasílico tem vendido saúde, tendo marcado presença em cada uma das 14 jornadas realizadas pelos tricolores (ficou a 104 minutos de se juntar ao lote de totalistas). Em parceria com Léo Jabá, provoca o pânico na transição em função da sua velocidade e assim esperará magoar a defensiva adversária, garantindo mais um sucesso para o histórico clube da Reboleira.

O que disse Sérgio Vieira na antevisão à partida: «O espírito de família e união é que permite que os que estiverem sejam jogadores que vão dar tudo e jogarem porquê uma verdadeira equipa e família, para que os adeptos se sintam felizes no nosso último jogo do ano em morada».
Arouca
Sistema: 4x3x3.
Onze provável: Ignácio de Arruabarrena, James Esgaio, Javi Montero, Nino Galovic e Weverson Costa; Eboué Kouassi, Morlaye Sylla e David Simon; Cristo Gonzalez, Jason Remeseiro e Rafa Mujica.
Ferido: Rafael Fernandes, Mateus Quaresma e Oriol Busquets.
Figura: Inácio de Arruabarena. Iniciou a idade referenciado porquê possibilidade para clubes de nomeada – o Benfica foi a possibilidade mais referida – e o uruguaio continua a dar sinais do seu valor apesar da idade difícil que o Arouca atravessa, envolvido na luta pela manutenção. É totalista da Liga e ninguém questiona esse regime: mantém a sua marca inviolada há mais de um jogo e meio, formado pela totalidade da receção ao Gil Vicente (vitória por 3-0) e os últimos 62 minutos do empate em morada perante o Rio Ave: Emmanuel Boateng foi o último a conseguir a proeza de o desfeitear. Terá o Estrela um opositor à sua profundidade?

O que disse Daniel Sousa na antevisão à partida: «Os jogadores são os mesmos. Mudámos um bocadinho porque há sempre alguma mudança, qualquer coisa que se muda, independentemente de se estar a fazer muito ou mal, não é isso que está em pretexto. O que vinha a ser feito era bom».