Furiosa e Dementus são dois produtos de uma terreno devastada tentando sobreviver – a primeira, buscando se misturar nesse semblante de cultura enquanto planeja sua vingança; o segundo, oferecendo promessas de uma vida fora do deserto a seus seguidores, o que ele conseguia com uma mistura de crédito, carisma e até tino de humor.

O fator generalidade, todavia, era não perder de vista os instintos primitivos que nos tornam humanos. “Existe sempre esperança, mas no outro lado existe o ódio. Existe libido e também urgência”, teoriza Anya. “Se tirarmos todo o resto, esses impulsos serão o que nos resta.”
“O filme é um observação sobre uma vez que pessoas respondem a circunstâncias extremas”, complementa Hemsworth. “Nossas decisões só dependem de nós. Não somos definidos pelas circunstâncias. O que Furiosa e Dementus fazem, o que todos eles fazem, é tentar sobreviver em tempos de desespero.”
O universo criado por George Miller ajudou seus protagonistas a abraçar essa distopia. “É a diferença entre trabalhar no fundo verdejante, em que precisdamos imaginar tudo, e habitar espaços em que o envolvente e os cenários também são personagens”, explica o ator. “Existe uma grandiosidade, uma certa vaidade ao longo de todos os filmes que está nos penteados, na maquiagem e até em nomes de personagens uma vez que Toecutter, Master/Blaster e Humungus.”
“Por mais impressionantes que os cenários fossem à intervalo, de perto a gente podia ver a atenção em cada pormenor”, ressalta Anya. “Dá para ver esse filme várias vezes e ainda assim não perceber tudo que cada departamento fez.” Ela sorri, certamente com a recordação do belíssimo caos que foi filmar “Furiosa”: “Era uma vez que ser uma menino numa loja de brinquedos, principalmente se você é enamorado por cinema”.