Artur Jorge aproveitou a conferência de prensa do jogo com o Benfica para tutelar com unhas e dentes Abel Ruiz, avançado espanhol que tem exclusivamente dois golos marcados esta temporada pelo Sp. Braga.
Por que razão Abel Ruiz não marca mais golos?
“Não podemos ter problemas de memória curta e sanidade mental. Não podemos estar a cobrar e a exigir do Abel (Ruiz), que foi a pessoa que mais triste ficou, sabemos que são momentos que fazem a diferença entre lucrar e não lucrar, mas temos que lembrar quando o Abel foi importante para nós, leste ano, no ano anterior e nos anos em que não era treinador da equipa e não podemos fazer um julgamento por um lance, o que acontece muito no futebol. Muitas vezes, as coisas fogem de mão. Não podemos desaprovar quem quer que seja e não admito que o façam com os meus (jogadores).”
Está a referir-se às críticas dos adeptos no jogo com o V. Guimarães?
“Não, não! Não façam caso com isso. Há a saúde mental dos jogadores, escondemos a cabeça na areia e seguimos em frente. Vivemos no faroeste e as armas estão nas redes sociais detrás dos computadores. Tenho um trabalho tremendo com os jogadores e sinto esse desconforto da segmento deles. A saúde mental dos jogadores tem impacto no seu rendimento. São muitas vezes bombardeados.”
Haverá reforços em janeiro para o meio do ataque?
“Não estamos à procura de ninguém, mas, se houver oportunidade, não deixaremos de aproveitar. Vamos competir com uma equipa que comprou um avançado de 20 milhões e outro com 18 milhões. Isto é factual. Objetivamente, temos identificados jogadores para todas as posições que nos possam ser úteis num porvir próximo.”
Tem trabalhado um projecto sem ponta de lança?
“Já jogámos com três posições na posição 9 e, portanto, acabámos por ter alguma mobilidade e isso também me interessa, jogadores que preencham mais do que uma posição.”
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Por José Lima
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