Maio 8, 2025
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EMPRESAS de internet são alvos de novos ataques de facções em Caucaia (Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO)
Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO
EMPRESAS de internet são alvos de novos ataques de facções em Caucaia

Redução da violência é sempre positivo, ainda mais quando se refere ao indicador mais importante da segurança pública: a queda no número de crimes contra a vida. Fevereiro deste ano foi o menos violento no Ceará desde 2019, na comparação com o mesmo mesmo mês dos anos anteriores. Foram 206 crimes violentos letais intencionais. Em fevereiro de 2024, haviam sido 257.

O resultado favorável não se restringe à comparação com outros fevereiros. o mês passado teve o menor número de mortes violentas intencionais desde dezembro de 2019, considerado qualquer mês.

São menos pessoas morrendo. Claro que é uma notícia positiva e bem-vinda. Porém, ainda são mortes demais. Mais de 200 pessoas assassinadas no Ceará em um mês.

Obviamente que houve ação governamental, medidas adotadas. Todavia, é inequívoco o fato de que a redução ocorre no mês em que se deu a trégua entre facções criminosas. Ao mesmo tempo, novas e ousadas ações criminosas são promovidas — no caso, contra provedoras de Internet.

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Não é coincidência. O número assustador de mortes violentas no Ceará, registrado há mais de uma década, é resultado basicamente da presença de facções criminosas e dos conflitos entre elas. Quando ocorre trégua, as mortes diminuem elas mudam de alvo. Podem realizar ações maiores e de maior impacto. Podem afrontar mais o poder público. O Ceará já passou por isso e não foi bom.

Não faz nem um mês que escrevi sobre isso aqui na coluna: “Com o acordo, provavelmente a criminalidade terá queda no primeiro momento. Para o médio prazo, episódios nem tão distantes mostram que o problema pode ser grande. A armadilha é que os índices de criminalidade irão cair. Para o poder público, isso pode soar positivo. Porém, enquanto dão um tempo na guerra, as facções se armam e se fortalecem. Basta ver o que ocorreu quase uma década atrás”.

Em 2016, houve outra trégua entre facções. Seguiu-se onda de ataques contra equipamentos públicos, ônibus foram incendiados e até carro com explosivos foi achado nas imediações da Assembleia Legislativa. O então governador Camilo Santana (PT) recebeu ameaças. Não é coincidência que um dos alvos de ataques naquela época tenham sido torres de telefonia — inclusive em Caucaia, onde provedores de Internet são atacados atualmente.

O POVO mostra desde a década passada os ataques a empresas provedoras de comunicação, ameaças a empresários e extorsão a comerciantes. Isso parece ter uma escalada.

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Fatos relacionados

O histórico recente mostra que a redução do número de assassinatos, a trégua entre facções e os ataques a empresas de Internet são fatos relacionados.

A queda nas mortes violentas é para ser comemorada. É melhor os membros de facções não estarem se matando, independentemente do motivo, do que estarem. Mas, aquilo que as facções são capazes de fazer quando não estão divididas em disputas entre elas é causa de apreensão.

Marcos da violência

Os números de fevereiro são os mais favoráveis desde 2019. No começo daquele ano, houve onde de ataques, e a reação, bem como a transferência de líderes, desmantelou as facções. Mas, em fevereiro de 2020, veio o mais recente motim de policiais militares. Ali a criminalidade disparou. As facções tiveram respiro para se reorganizar. Os índices de violência nunca mais baixaram àquele patamar.

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