Março 20, 2025
Athletic x Real Sociedad: um dérbi comedido e pelo nacionalismo vasconço

Athletic x Real Sociedad: um dérbi comedido e pelo nacionalismo vasconço

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O futebol é um esporte marcado por grandes rivalidades. Muitas vezes, refletidas em temas que vão além do campo, envolvendo política, sociedade e até mesmo religião. Há também um caso, talvez único, em que a rivalidade esportiva fica de lado por uma justificação maior.

Neste sábado (13),Atlético de Bilbao e Real Sociedade se enfrentam pela 20ª rodada de LALIGA no Estádio San Mamés, em Bilbao, com transmissão Pela ESPN no Star+ às 14h30 (de Brasília). O dérbi vasconço é um jogo marcado, supra de tudo, pelo saudação entre as torcidas e pela justificação basca.

A Espanha é um país viciado a viver com movimentos separatistas. Atualmente, uma das pautas de maior debate político entre os espanhóis é a anistia concedida pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez a independentistas catalães que, em 2017, convocaram um referendo sobre a independência da região. A anistia foi concedida em troca da maioria no congresso para formação de um novo governo.

Historicamente, o País Biscainho é a comunidade autônoma com maior força entre os movimentos separatistas. Se no pretérito, por conta das ações do extinto grupo ETA, foi marcado pela violência, hoje em dia esse movimento tem o futebol porquê uma de suas principais plataformas de divulgação e protesto.

“É um jogo próprio para todos os bascos, para todas as pessoas que vivem no País Biscainho. Torcedores do Athletic, torcedores da Real, mas com o saudação supra de tudo. É um dérbi um pouco mais saudável do que outros exemplos que temos no futebol espanhol e em nível europeu. Logicamente todos queremos vencer, logicamente todos queremos fazer, porquê vocês dizem, um pouco de ‘farra’ com o rival durante a semana, mas talvez seja menos hostil, de alguma forma, que outros dérbis que são notícias por coisas negativas”, explica Ander Herrera, nascido em Bilbao e de volta ao Athletic posteriormente nove anos entre Manchester United e Paris Saint-Germain.

O sentimento é compartilhado no outro lado do clássico, porquê expõe o ídolo da Real Sociedad e oitavo maior bombeiro na história do clube com 92 gols, Mikel Oyarzabal, também em entrevista exclusiva à ESPN. “Um jogo com muita paixão, muito sentimento, mas com muito saudação. É um jogo que se vive de maneira muito próprio, tanto para nós porquê para eles, e no qual as pessoas se respeitam muito. As torcidas são exemplares e para mim isso é o mais importante”.

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As arquibancadas do San Mamés estarão repletas de bandeiras do País Biscainho e de símbolos da cultura lugar porquê a txapela, tradicional chapéu usado pelos vasconço.

A Espanha é dividida em Comunidades Autônomas, equivalentes aos estados brasileiros. O País Biscainho é uma dessas comunidades, mas a explicação sobre seu território e suas origens vai além das atuais fronteiras.

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Na língua lugar, os bascos chamam essa região constituída dentro das leis espanholas de Euskadi. Porém, há um concepção maior sobre o estado vasconço, que inclui também a comunidade de Navarra, onde fica o Osasuna, em Pamplona, além de secção do sul da França – Bixente Lizarazu, vencedor mundial com a seleção francesa em 1998, é vasconço. Essa espaço mais ampla é conhecida em vasconço porquê Euskal Herria.

Tudo isso faz, inclusive, com que a torcida do Athletic não tenha a Real Sociedad porquê principal rival, e sim o Real Madrid, da capital espanhola, por motivações políticas e sociais, além de maior competição esportiva entre os dois em décadas passadas. “Quando cheguei no Athletic, o que os torcedores me passavam é que o jogo grande da temporada é contra o Real Madrid e contra o Barcelona também. Esses são os jogos que os torcedores mais querem lucrar”, lembra Ander Herrera.

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Os estrangeiros do dérbi vasconço rapidamente entendem também o sentimento preponderante nas arquibancadas. Porquê foi o caso do escocês Kieran Tierney, que estreou no clássico pela Real Sociedad no primeiro vez em uma vitória por 3 a 0. O ex-jogador de céltico e Arsenal se machucou ainda no primeiro tempo, mas em conversa com a ESPN se lembra muito de toda atmosfera em San Sebastián. “Aquele jogo foi próprio, o estádio estava com um clima apaixonante… Ambos querem lucrar, simples, mas acho que mesmo entre os torcedores há saudação reciprocamente, porque todos são bascos”.

Aos 26 anos, Tierney já viveu algumas das maiores rivalidades do futebol. Formado na base do Celtic, enfrentou o guardas algumas vezes e, porquê escocês, conhece melhor do que qualquer outra nacionalidade o peso social e religioso desse confronto na história da Escócia envolvendo católicos e protestantes. Na Inglaterra, esteve em campo pelos Artilheiros contra o Tottenham. “Se você confrontar com Celtic x Rangers é dissemelhante. Quem conhece a história de Celtic e Rangers sabe por que é dissemelhante. Mas quando você está no campo, sentindo a tensão, a atmosfera, os três dérbis que já disputei, incluindo Arsenal x Tottenham que é intenso, no final o que te define é a vitória”.

A Real Sociedad, diferentemente do Athletic, utiliza jogadores estrangeiros em seu elenco. A equipe de Bilbao graduação somente atletas com origem basca ou formados na região. No entanto, em ambos casos, nem sempre foi assim.

O Athletic foi fundado em 18 de julho de 1898 por trabalhadores britânicos que atuavam no porto de Bilbao e estudantes bascos que retornaram da Inglaterra. Em seus primeiros anos, contou com jogadores e dirigentes britânicos; até 1912, quando a atual política patriótico foi implementada. Já a Real Sociedad, fundada em 7 de setembro de 1909 também por estudantes de revinda à região, seguiu a política do Athletic por décadas, até 1989 quando contratou o atacante irlandês John Aldridge. Desde logo, se tornou sorte para vários jogadores estrangeiros, incluindo brasileiros porquê Willian José, Rafinha Alcântara e Sávio.

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“É complicado, somos um tanto único no mundo. Acho que só existe um tanto parecido com o Chivas, de Guadalajara, mas eles fazem com todo México, mais de 100 milhões de pessoas. Nós fazemos com três, quatro milhões, por isso creio que o préstimo seja ainda maior. É um tanto muito próprio, que faz a nossa torcida se sentir secção dos nossos êxitos e também dos nossos fracassos. O vestuário de um torcedor saber qualquer jogador do elenco, qualquer familiar, ser do mesmo bairro, da mesma cidade ou mesmo ter ido ao mesmo escola que ele, faz com que a nossa filosofia e a forma de entender o futebol seja muito formosa. Qualquer amante do futebol, qualquer pessoa que goste desse esporte, tem carinho por esse clube que vê o futebol de maneira tão romântica”, sintetiza Ander Herrera.

O Athletic, ao lado de Real Madrid e Barcelonafaz secção do seleto grupo de times fundadores de LALIGA que nunca foram rebaixados para a segunda repartição.

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