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Foto: Evelson Freitas Cesta básica mais em conta?
A notícia de que quase 15 milhões de brasileiros passaram a fazer parte das classes ABC nos últimos dois anos é muito melhor do que possa parecer em uma rápida leitura. Significa que mais pessoas ingressaram no mercado consumidor, o que fortalece a economia e melhora a qualidade de vida da população. Mas esse é apenas o começo de uma longa jornada.
Há muitos problemas a serem enfrentados pelas autoridades dos três poderes no país, mas temos de enxergar também o que é positivo. Essa informação, somada à de que a metade mais pobre do Brasil teve ganho real de 10,7% em sua renda, aponta para um mercado interno mais forte.
E isso é ainda mais importante, além do aspecto social, em um período de forte oscilação do mercado externo, devido aos tarifaços e recuos de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
Um dos compromissos de um país deve ser a melhoria da qualidade de vida de sua população. Estar entre as 10 maiores economias do mundo é importante, mas temos de ver a posição brasileira em outros rankings, como o Índice de Desenvolvimento (IDH).
Segundo o levantamento mais recente, referente a 2022, o Brasil estava em 89º lugar do mundo. Então, a 10ª maior economia do planeta ocupa 89º lugar no IDH. Há, também, grande variação de IDH entre os municípios e os estados brasileiros.
Município líder, São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo, tem IDH 0,847. Melgaço, no Pará, tem IDH 0,418, o menor do país.
Para combater as grandes discrepâncias no IDH e em outros indicadores de qualidade de vida, os governos deveriam investir em saneamento básico, habitação, educação, saúde e segurança. E gerar empregos formais com mais qualidade, o que significa salários mais elevados, benefícios e bom ambiente de trabalho.
Certamente, a demora em extinguir a escravização no país tem influência considerável na concentração de renda e na precária infraestrutura social. O desamparo a que foram submetidos os escravizados libertos também é parte vexatória do desequilíbrio social brasileiro.
Sempre que se aproxima uma eleição presidencial, há promessas de medidas para atacar essa cruel e, repito, vexatória desigualdade. Alguma coisa é feita aqui e ali, mas ainda não temos um programa de renda mínima, que seria fundamental para melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros. Por enquanto, comemoremos o aumento dos cidadãos e cidadãs nas classes ABC.
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