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Não foi por falta de oportunidades de gol que o Benfica não saiu vencedor do confronto no Estádio da Luz, pela 6ª rodada da fase de classificação da Liga dos Campeões. Diante de uma plateia bem composta, com mais de 60 mil espectadores, o conjunto lisboeta bem que tentou por diversas formas contornar o adversário, mas o guardião polonês do Bolonha se opôs com valentia às investidas dos homens da casa, às vezes com defesas “impossíveis”. Mas também é verdade que seu homólogo ucraniano Anatoliy Trubin teve algumas intervenções importantes, evitando o pior, que, se acontecesse, constituiria uma grande injustiça para os homens da casa.
Em noite bem fria, o Benfica até fez as arquibancadas esquentarem muito cedo quando, logo aos três minutos, Pavlidis empurrou a bola para o fundo das redes da equipe transalpina. Após perda de bola do Bologna, o cérebro argentino Di María assistiu de forma primorosa o dianteiro grego, que se encontrava ligeiramente adiantado. Mas o time forasteiro não se intimidou com a ameaça e, sem nada a perder – ainda não somou nenhuma vitória na Champions -, revidou com galhardia, normalmente com jogadas rápidas pelas laterais, às quais a defesa rubro-negra lá se opunha com acerto. E foi só após o 43º minuto que o Benfica voltou a estar perto de abrir o placar, não fosse o chute “certeiro” de Di María, no ângulo superior da meta adversária, ser primorosamente defendido pelo guardião polonês Lukasz Skorupski.
Alta pressão e domínio quase avassalador
Se já na última quinzena de minutos do primeiro tempo o Benfica vinha mantendo uma toada totalmente voltada para o ataque, essa intensidade se acentuaria ainda mais na etapa complementar. Não fosse Pavlidis estar em um dia infeliz e o conjunto da Luz poderia até ter construído um resultado muito positivo. Aos 53 minutos o atacante grego desperdiçou de forma quase irrisória uma excelente oportunidade de marcar, após a bola cair em seus pés na pequena área. Esse foi um dos tais lances em que não marcar acabou sendo mesmo o mais difícil, pois o guardião polonês estava no chão e ainda teve tempo de fazer a mancha no grego, quando o estádio já gritava gol. Pouco depois seria o zagueiro argentino Otamendi a desperdiçar nova e flagrante oportunidade com um chute de cabeça bem no coração de área, mas o dinamarquês Alexander Bah e o suíço Zeki Amdouni também andaram lá muito perto.

Os encarnados bem tentaram levar de vencida a formação italiana, mas esbarraram com o “muro” polaco Skoruspski. (Foto: SL Benfica)

Os encarnados bem tentaram levar de vencida a formação italiana, mas esbarraram com o “muro” polaco Skoruspski. (Foto: SL Benfica)

Os encarnados bem tentaram levar de vencida a formação italiana, mas esbarraram com o “muro” polaco Skoruspski. (Foto: SL Benfica)
Em resumo, na Luz assistiu-se a uma empolgante jornada europeia em que o Benfica só não marcou por mero acidente de percurso, ainda que não se tivesse livrado de alguns sustos. Na próxima rodada da fase de liga, a sétima e penúltima, o Benfica receberá o FC Barcelona, em 21 de janeiro de 2025, para uma semana depois viajar a Turim para enfrentar a Juventus. Claro que a situação não é a ideal, pois soma apenas três pontos a mais que o primeiro da “linha d’água”, pertencente ao PSG, mas a combinação de partidas entre os outros concorrentes leva a crer que a passagem para o play-off da Champions será alcançada.
Bruno Lage (técnico do Benfica): “Merecíamos muito mais pelo que criamos. Temos que valorizar essa exibição crescendo e o número de oportunidades que criamos. Se a primeira bola entrasse, o resultado poderia ter sido diferente. Lá está, temos que valorizar as coisas positivas, mas, claro, estamos frustrados porque queríamos ter 12 pontos e não 10. O que é importante neste momento é parabenizar os jogadores, fundamentalmente por acreditar muito que poderíamos ter vencido”.
Vaz Mendes é jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Começou a carreira na Gazeta dos Desportos, e depois passou pela Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquete, Handebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas mídias sociais de equipes de ciclismo e dirigente esportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3publicando textos escritos em português de Portugal.
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