Setembro 20, 2024
BNDES aprova traço de crédito de R$ 1 bilhão para cooperativas agropecuárias

BNDES aprova traço de crédito de R$ 1 bilhão para cooperativas agropecuárias

O Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a geração de uma novidade traço de capital de giro para as cooperativas agropecuárias. A medida vai disponibilizar muro de R$ 1 bilhão com recursos próprios da instituição, sem emprego de subvenção federalista, e com opção de entrada aos recursos em dólar.

O objetivo é ampliar as opções de crédito no Projecto Safra 2023/24, principalmente para as cooperativas do Rio Grande do Sul cujos produtores rurais cooperados estão em dificuldades financeiras e acumulam dívidas em seguida duas temporadas consecutivas de estiagens no Estado.

As cooperativas prejudicadas pelo furacão e as enchentes de setembro também poderão acessar a novidade traço. A geração de uma novidade opção estava em discussão há meses entre setor e governo federalista.

A traço Crédito Cooperativas terá opções de dispêndio baseadas em taxas pré e pós fixadas, informou o BNDES, em expedido. Cooperativas que possuem receita em dólar ou atreladas à moeda norte-americana também terão a opção de acessar recursos com indexação da dívida em variação cambial. Para essa modalidade, os juros serão de 7,5% a 8% ao ano, mais variação cambial.

Em agosto, a Mundo Rústico mostrou que as discussões entre os setores agropecuário e cooperativista e o governo caminhavam para um desfecho nessa traço. O pedido, à idade, era por um crédito para capital de giro de longo prazo e com a possibilidade de entrada em dólar.

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS) estima em R$ 3,9 bilhões o estoque de dívidas de produtores cooperados de 27 cooperativas gaúchas depois das últimas secas.

As cooperativas também haviam sugerido a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) com a garantia do banco estatal de fomento, o que ajudaria a reduzir o dispêndio ao tomador final.

As operações protocoladas até 31 de março de 2024 terão condições diferenciadas, com prazo de pagamento de até cinco anos e um ano de carência para as cooperativas que atuem em municípios que tenham decretado estado de emergência ou calamidade, reconhecido pelo Governo Federalista, a partir de 01/01/2021. Os pedidos de financiamentos poderão ser feitos a partir do dia 17 de outubro.

Em agosto, o pedido das cooperativas era por um prazo de dez anos para pagamento do financiamento e dois de carência, mas os detalhes foram muito recebidos pelo setor gaúcho.

“As condições temporárias visam atender a cooperados de todo o país afetados pelos extremos climáticos durante a atual safra, assim uma vez que nas duas safras anteriores. A partir de abril de 2024, a traço irá operar com prazo de pagamento de até 2 anos e carência de até 6 meses”, informou o BNDES. A demanda está estimada em muro de R$ 1 bilhão. A traço será operacionalizada no contextura do programa BNDES Crédito Rústico, com funding próprio do banco.

Influência para o setor

O setor diz que a traço será importante para que o sistema cooperativo possa ajudar os produtores cooperados que enfrentaram problemas climáticos e ressalta que a saúde financeira dessas cooperativas está preservada.

“A traço é para que a cooperativa possa ajudar o produtor, ou seja, através do sistema cooperativo se ajuda o produtor afetado por problemas climáticos. As cooperativas estão muito muito”, disse o economista-chefe da Federação da Cultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz.

“Esse recurso é para que os produtores atingidos por eventos climáticos possam ter mais prazo para remunerar suas cooperativas, ou seja, o endereço final é o produtor. As cooperativas estão muito financeiramente, quem está numa situação mais difícil é o produtor, que com essa medida melhorará muito e não trará seu risco para o sistema”, acrescentou o economista.

“É importante ressaltar que essa operação não envolve nenhum centavo do verba público, pois não tem nenhuma equalização”, concluiu.

O setor produtivo gaúcho ainda aguarda a divulgação dos detalhes da traço, uma vez que os juros que serão aplicados. “Esse ponto é fundamental para tomada de decisão das cooperativas”, disse o diretor-executivo da Fecoagro-RS, Sérgio Luis Feltraco.

Ele observou ainda que, sem previsão de subvenção aos juros dessa novidade traço, as instituições financeiras que operam os recursos repassados pelo BNDES farão análises individuais dos limites de endividamento de cada cooperativa. Mas há atratividade com a carência e o prazo estabelecido, que foi recebido de forma positiva pelo setor gaúcho.

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