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Os principais índices da Bolsa de Nova Iorque encerraram a primeira sessão desta semana em terreno misto, depois de duas sessões de perdas significativas na semana passada.
O Nasdaq fechou a sessão pouco acima da linha de água a recuperar 0,10% (Nasdaq 100 a chegar aos 0,19%), o Dow Jones recuou mais de 0,90% e o S&P 500 cedeu 0,23% face à sessão da última sexta-feira, tendo chegado a descer abaixo dos 5000 pontos a meio da sessão. O índice Russel 2000, dedicado às empresas de menor capitalização bolsista, desvalorizou 0,92%.
Desde que Donald Trump anunciou nos jardins da Casa Branca que iria subir as tarifas aduaneiras ao resto do mundo, os mercados já somam três sessões em perdas, mas a negociação hoje foi a que registou as desvalorizações menos pesadas. A propósito da visita oficial de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, o Presidente dos EUA acabou por falar em directo nas televisões na última hora de negociação de Wall Street, mas ao recusar adiar a imposição de tarifas, levou os índices – voláteis até então entre perdas e ganhos diários – definitivamente para o vermelho.
Durante a sessão surgiram notícias de que Bruxelas se prepara para colocar em vigor, a partir de 16 de Maio, tarifas adicionais de 25% a vários produtos norte-americanos importados pelo bloco económico. A decisão é ainda em retaliação ao agravamento das taxas, pelos EUA, ao aço e alumínio europeus. No fecho, Trump não se esqueceu da Europa: a União Europeia, disse formou-se “para nos prejudicar, para criar uma situação de monopólio, para criar uma força unificada contra os Estados Unidos para o comércio”.
Boas notícias falsas
Logo no arranque da sessão desta segunda-feira, por volta das 14h30 (hora de Lisboa) as perdas nos principais índices nova-iorquinos eram em torno de 4%, a sinalizar que a pior semana dos últimos cinco anos não estava para trás. Por volta desta altura só cinco empresas do S&P 500 não estava a sofrer perdas.
Uma hora depois, contudo, e por breves instantes, uma notícia difundida pela Reuters, citando Kevin Hassett, conselheiro económico da Casa Branca, em entrevista à CNBC, afirmava que Donald Trump estaria a considerar “uma pausa de 90 dias na implementação das taxas aduaneiras, para todos os países, excepto a China”.
Há dois tipos de taxas que Trump qualifica de “recíprocas”, segundo o anúncio da semana passada: uma taxa “base” de 10%, que entrou em vigor no sábado passado, e tarifas “à medida” de cada país, mais elevadas, que entrarão em vigor no dia 9 de Abril, ou seja, esta quarta-feira.
Foi entre esta notícia e o desmentido da Casa Branca, alguns minutos depois, que os mercados inverteram as perdas e alguns índices chegaram mesma a valorizar 6%, como o S&P 500.
“Fake news”, disse fonte oficial da Administração Trump, situação que às 17h28 a agência noticiosa veio esclarecer. “A Reuters, a partir de uma manchete da CNBC [canal televisivo norte-americano]publicou uma notícia em 7 de Abril dizendo que o conselheiro económico da Casa Branca, Kevin Hassett, tinha dito que o Presidente Donald Trump estava a considerar uma pausa de 90 dias nas tarifas sobre todos os países, excepto a China. A Casa Branca negou a notícia. A Reuters retirou a notícia incorrecta e lamenta o seu erro”.
A “ressaca” em Wall Street a estas notícias e desmentidos foi contudo, agravada pelo anúncio adicional do próprio Trump, de que agravaria novamente as taxas alfandegárias a produtos importados da China, em mais 50%, caso Pequim não retire a sua contra-ofensiva mais recente – de impor tarifas retaliatórias de 34% a bens importados dos EUA, no terreno desde este domingo.
Além disso, recordava a Bloomberg na newsletter dedicada às matérias-primas, desde sexta-feira a China impõe restrições à exportação de elementos de terras raras, “reduzindo o fornecimento ao Ocidente de minerais utilizados para fabricar armas, electrónica e uma série de bens de consumo”.
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