Bolsas de NY fecham em queda após estímulos da China

Ao final dos negócios o índice que concentra ações industriais, o Índice Dow Jonescaía 0,54%, a 44.401 pontos, enquanto o indicador das 500 maiores empresas americanas, o S&P 500recuava 0,61%, aos 6.052 pontos. Por fim, o índice que reúne ações de tecnologia, o da bolsa Nasdaqdesvalorizava 0,60%, para 19.741 pontos.

Após a vitória do republicano Donald Trump, uma tese consensual era que a bolsa americana registraria desempenho superior contra o resto do mundo. A notícia vinda da China enfraquece essa negociaçãodiz Diego Chumah, gestor de bolsa do fundo ASA Hedge. “O índice das empresas de pequeno e médio valor de mercado está de lado, o que é mais um indicativo dessa diminuição geral do portfólio para outro tema”.

Enzo Pacheco, analista internacional da casa de análises Empiricus, aponta ainda uma cautela dos investidores, que aguardam dados de inflação dos EUA na quarta-feira. “O último número de emprego, apesar de reforçar corte de 0,25 ponto percentual na semana que vem, trouxe um receio de inflação ainda resiliente, com os ganhos salariais vindo acima do esperado, em 4% ao ano, não parece ser condizente com uma inflação de 2%”.

A China anunciou hoje que sua política monetária, que é o controle da oferta de moeda e as taxas de juros de um país com o objetivo de manter a estabilidade econômica, será afrouxada no próximo ano. A mudança não altera os níveis oficiais de taxa de juros, mas sugere maior alívio nas taxas em 2025. É uma abordagem mais enfática para estimular sua economia, enquanto se prepara para uma possível escalada nas tensões comerciais com os Estados Unidos.

Entre os destaques negativos do pregão, ficaram as ações da Nvidia (NVDA; Nasdaq)que caíram 2,55% após um relatório apontar que a China estaria investigando a fabricante de chips para aplicações de inteligência artificial por suspeita de monopólio.

Nesta semana, além de dados de inflação nos Estados Unidos, ficam também no radar as decisões sobre juros de diversos Bancos Centrais na semana, com reuniões na Europa e Brasil, dentre outros.