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OS índices de ações das bolsas de Nova York disparavam até 4% nesta quarta-feira (23) depois que o presidente americano Donald Trump diminuiu o tom das ameaças contra o presidente do banco central americano (Federal Reserve, o Fed), Jerome Powell, e sinalizar uma possível redução das tarifas que pode aplicar à China. Desde o início da tarde perderam algum fôlego após indicador de atividade econômica vir abaixo do esperado, mas ainda sobem firme.
Às 15h (horário de Brasília) , o índice mais ligado à velha economia, o Dow Jones, subia 1,5%, o indicador das maiores empresas americanas, o S&P 500, avançava 2,15%. O índice de tecnologia Nasdaq subia 3,2%.
A pesquisa flash PMI de abril mostrou uma desaceleração no ritmo da atividade no setor de serviços acima do esperado pelo mercado, enquanto a indústria surpreendeu para cima. O Índice Composto do S&P Global US PMI caiu de 53,5 em março para 51,2 em abril. Já o crescimento da atividade do setor de serviços desacelerou, registrando a segunda expansão mais fraca nos últimos 12 meses, em resposta ao crescimento mais lento da carteira de pedidos.
William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenueanalisa que o PMI mostrou mais uma vez que o sentimento de negócios continua negativo e que o nível de atividade seguiu desacelerando em abril. A pesquisa ainda mostra um número crescente de empresas citando preocupações com as políticas governamentais e incertezas econômicas como um problema. Por outro lado, a economia segue demonstrando alguma expansão a qual condiz com um crescimento próximo a 1%.
Ontem à noite, o presidente republicano afirmou que não está com intenção de demitir o dirigente do Fed após ameaçá-lo e criticá-loo que levou o mercado a questionar a independência do banco central e, consequentemente, a uma queda generalizada nos ativos americanos no começo da semana.
Também após as bolsas fecharem ontem, o chefe dos Estados Unidos ainda sinalizou que as tarifas finais sobre as exportações chinesas “não chegarão nem perto de 145%”mas “não serão de zero” no caso de um acordo entre os dois países.
As falas aliviam temores sobre a independência do banco central e sobre o rumo da guerra comercialapontam Analistas da XP. Na véspera, o S&P 500 e o Nasdaq subiram mais de 2%, impulsionados pelos rumores de alívio na guerra comercial entre EUA e China. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, também reforçou essa expectativa ao afirmar que o status atual da guerra comercial “não é sustentável”.
Após divulgar seus resultados do 1º trimestre, a Tesla (TSLA; Nasdaq) valorizava 4,26%. Apesar de seu lucro e receita ter ficado abaixo da previsão de analistas, o diretor-executivo da montadora, Elon Musk, disse que a partir do mês que vem deixará de se dedicar tanto ao Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) de forma substancial. Dessa forma, poderá voltar a se concentrar em seu negócio.
Para os analistas do banco Goldman SachsAssim, o resultado da Tesla pode ser considerado misto. Embora a Tesla tenha reportado um lucro por ação abaixo do esperado (US$ 0,27 contra US$ 0,41) e tenha optado por não fornecer uma projeção sobre os resultados futuros devido à incerteza em relação às tarifas, houve alguns pontos positivos.
“A margem bruta automotiva, excluindo créditos regulatórios, ficou acima do esperado, e a Tesla ainda espera iniciar a operação de robotáxis em junho, embora em pequena escala”.
Os analistas veem risco de queda nas estimativas para a empresa no médio prazo, devido aos custos com tarifas e à demandabaseado em comentários da empresa que indicam que os novos modelos planejados para lançamento ainda este ano podem ser menos inovadores, além de maiores despesas operacionais. Esse risco é compensado pela perspectiva de aumento nos lucros no longo prazo, impulsionado em parte pelo crescimento das receitas com software de direção auxiliar. “Mantemos nossa recomendação neutra para a ação”.

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