Setembro 20, 2024
Bolsonaristas vão ao STF contra deputada do PSOL por publicação sobre projeto do monstro

Bolsonaristas vão ao STF contra deputada do PSOL por publicação sobre projeto do monstro

Bolsonaristas e favoráveis ao projeto de lei que equipara o monstro depois 22 semanas de prenhez ao delito de homicídio, os deputados Paulo Bilynskyj (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Mario Frias (PL-SP) e Franciane Bayer (Republicanos-RS) apresentaram ao Supremo Tribunal Federalista (STF) uma notícia-crime contra a colega parlamentar Fernanda Melchionna (PSOL-RS) por conta de postagens sobre o tema.

No documento protocolado na última sexta-feira, 14, os parlamentares pedem que Fernanda seja obrigada a excluir publicações em que labareda o projeto de “PL dos Estupradores”. Procurada pelo EstadãoFernanda afirmou que ainda não foi notificada judicialmente.

Em uma das postagens, a foto de alguns dos parlamentares que assinaram o projeto aparecem na peça gráfica, publicada em 13 de junho, que leva o título “Estes são os parlamentares que propuseram o PL dos Estupradores”.

Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Mario Frias (PL-SP). Foto: Wilton Junior/Estadão, Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados, @mfriasoficial via X e Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Os deputados afirmam que as publicações são difamatórias e pedem ao Supremo que Fernanda não possa mais publicar conteúdos “que tenham uma vez que intuito difamar a atuação parlamentar dos autores”. No ofício, eles pedem ainda que a deputada responda pelo delito de calúnia ou de maledicência, e que a pena seja aumentada em um terço, por se tratar de suposto delito cometido contra deputado federalista.

“Nota-se que a conduta é gravíssima, pois atrela a atividade parlamentar desempenhada pelos autores, muito uma vez que os demais parlamentares citados, uma vez que corroborativa e defensiva à prática criminosa de estupro”, cita trecho do ofício.

Em nota enviada ao Estadãoa parlamentar qualificou a ação uma vez que “ridícula” e “patética”, e disse que reafirma “seu compromisso inabalável com a resguardo dos direitos das mulheres, das pessoas que gestam e das vítimas de violência sexual”. “Cai a máscara dos pretensos defensores da ‘liberdade de sentença’, que na prática querem inviabilizar a punição a fake news e exposição de ódio, estratégia corriqueira de alguns dos signatários desta ação patética, e silenciar os críticos da sua agenda reacionária contra as mulheres e meninas brasileiras”, diz a nota.

Nas redes sociais, o projeto de lei ficou espargido pela epíteto de “PL dos estupradores” ou “PL do estupro” porque criminaliza quem fizer um monstro depois 22 semanas de prenhez, mesmo em casos de gravidez resultante de estupro.

Outro ponto é a pena prevista para quem abortar pode chegar a 20 anos de prisão, caso o projeto seja autenticado. Atualmente, segundo a legislação em vigor, um estuprador pode ser réprobo, no sumo, a metade do tempo, 10 anos. A pena pode ser ampliada para até 12 anos caso o delito envolva violência grave e a 30 anos caso a vítima morra.

Na manhã desta terça-feira, 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o responsável do projeto e sugeriu que o debate sobre o tema encare o monstro uma vez que “questão de saúde pública”. Nesta segunda-feira, 17, Sóstenes, quem encabeça o projeto, admitiu que a votação da proposta na Câmara poderá permanecer para depois das eleições municipais.

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