Setembro 20, 2024
Bolsonaro chama Alexandre de Moraes de ‘ditador’ e pede freio ao ministro em ato na Paulista
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O ex-presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado, em São Paulo, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é um “ditador” que faz mais mal ao país do que o presidente Lula. Ele pediu que o Senado “bote um freio” no ministro.

—Devemos botar freio através dos dispositivos constitucionais daqueles que saem, que rompem, os limites das quatro linhas da nossa Constituição. Eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil do que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva — discursou o ex-presidente.

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Gripado e rouco, Bolsonaro participou da manifestação na Avenida Paulista ao lado de Silas Malafaia e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em caminhão contratado pelo pastor. Ao todo, quatro trios foram montados na avenida.

O ato foi marcado pelos pedidos de impeachment contra Moraes e pela defesa de uma anistia aos condenados pela tentativa de golpe no dia 8 de janeiro. Manifestantes e políticos bolsonaristas também declararam apoio ao bilionário Elon Musk, dono do X.

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Em discurso, o ex-presidente voltou a questionar a legitimidade do resultado eleitoral de 2022 e disse que houve imparcialidade de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a última disputa presidencial. O ministro teria o impedido de “fazer lives”, de “mostrar imagens” do 7 de Setembro e de associar Lula a “ditadores”.

Em alguns momentos emocionado, Bolsonaro fez coro aos pedidos de “anistia” aos condenados por tentativa de golpe de estado. Ele também questionou sua inegilibilidade, determinada pelo TSE no ano passado, ao qual chamou de uma articulação do “sistema” contra ele, fruto de acusações “estapafúrdias”.

— Se hoje eu sou o ‘ex’ mais amado do país, esse divórcio não foi feito pelo povo. Foi feito com base nesse sistema que trabalhou quatro anos contra a minha pessoa — acrescentou o ex-presidente, que disse que as acusações “sem materialidade” contra ele serão revistas.

No início da fala, o ex-presidente ficou irritado com o som que vinha de outro trio na avenida, e chegou a reclamar com os organizadores. O carro, que estava a 300 metros, abrigava os deputados Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), entre outros, que haviam sido impedidos de subir no caminhão do pastor Silas Malafaia.

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) vestiu camiseta amarela e também subiu no carro, em um espaço menos privilegiado do palanque. O seu principal opositor na preferência do eleitorado bolsonarista, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) chegou à Avenida Paulista de helicóptero, depois que Bolsonaro já tinha discursado. Os dois não se encontraram.

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Marçal aproveitou para subir nas grades de proteção em frente ao carro de som e confraternizar com apoiadores. Foi ovacionado. Já Nunes usou a manifestação para gravar material de campanha nas redes sociais, mas ficou ao fundo no caminhão, sem se expor. Saiu sem alarde antes do discurso de Silas Malafaia e Bolsonaro.

O governador Tarcísio de Freitas evitou falar sobre a disputa eleitoral em São Paulo e também não citou diretamente o nome de Alexandre de Moraes. Ele disse que a causa da manifestação era a defesa da “liberdade” e da “anistia aos apenados de forma desproporcional”.

— Que esse mar de gente sirva de inspiração aos nosso congressistas para que a gente possa conquistar de volta a nossa liberdade para que não haja censura, não haja banimento de rede, para que não haja exagero. Nós queremos a pacificação — afirmou o governador.

Tarcísio acrescentou que a anistia seria um “remédio político” dado pelo Congresso. Por fim, ele pediu aos manifestantes gritos de “Volta, Bolsonaro”.

Ricardo Nunes (MDB) fica 'escondido' em ato na Av. Paulista — Foto: Maria Isabel Oliveira/O Globo
Ricardo Nunes (MDB) fica ‘escondido’ em ato na Av. Paulista — Foto: Maria Isabel Oliveira/O Globo

Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes levaram cartazes contra Moraes e em defesa de Elon Musk. Ao marcar o início do ato, Malafia chamou a manifestação de uma “festa da democracia” para pedir o impeachment de “um ditador”.

Sob gritos de “Cabeça de ovo, Supremo é o povo”, o pastor, ao discursar, pediu uma oração por “Justiça”, pregou a inocência de Bolsonaro em inquéritos sobre o 8 de janeiro, e defendeu a prisão de Moraes por “rasgar a constituição”.

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— Alexandre de Moraes tem que sofrer o impeachment e ir para a cadeia. Lugar de criminoso é na cadeia. Eu não estou caluniando nem difamando o ministro. Eu mostrei os artigos da constituição que ele tem rasgado 
— pontuou Malafaia.

Com uma camiseta preta com um X e a frase “free speech” (“liberdade de expressão”, em inglês), o deputado Eduardo Bolsonaro foi o primeiro a falar. Ele chamou Moraes de “psicopata” e disse que a liberdade de expressão no país está sob ameaça:

— Prezado presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, preste atenção nas minhas palavras: nós preferimos as lágrimas da derrota do que a vergonha de não ter lutado. Diante disso, eu convoco todos vocês, em especial os parlamentares aqui presentes e todos aqueles que estão nos assistindo para se posicionarem a favor de quatro bandeiras — afirmou o deputado, que terminou sua fala em inglês.

Manifestantes na Av. Paulista vestem verde e amarelo e  cobrem as bocas em protesto ao STF — Foto: Maria Isabel Oliveira/O Globo
Manifestantes na Av. Paulista vestem verde e amarelo e cobrem as bocas em protesto ao STF — Foto: Maria Isabel Oliveira/O Globo

Nas “bandeiras” defendidas, Eduardo Bolsonaro citou o fim “das perseguições políticas”, anistia para todos os presos na tentativa de golpe do 8 de janeiro, o encerramento dos inquéritos sobre desinformação e o impeachment do Alexandre de Moraes.

Ao lado de Bolsonaro, no caminhão-palanque, estavam os senadores Magno Malta (PL-ES) e Marcos Rogério (PL-RO), os ex-ministros Ricardo Salles e Marcos Pontes, e deputados bolsonaristas como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Bia Kicis (PL-DF). Eles endossaram os pedidos de impeachment contra Moraes e “anistia aos perseguidos políticos”.

Kicis disse que seus colegas iriam “obstruir os trabalhos”no Congresso até que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebesse o pedido contra o ministro.

Nikolas Ferreira chamou Moraes e Pacheco de “covardes” e ameaçou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de perder o apoio da direita na sucessão do comando da Casa, caso não coloque em pauta a ‘anistia aos presos políticos’.

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