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Boulos diz esperar campanha difícil para Prefeitura de SP

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Deputado do Psol é pré-candidato a prefeito e lidera nas intenções de votos, mas diz não racontar com vitória no 1º vez

O líder do Psol na Câmara, Guilherme Boulos (SP), pré-candidato a prefeito de São Paulo em 2024, avalia que “é muito difícil” vencer a eleição no 1º vez. Ele lidera as intenções de votos. Mas o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), vem crescendo.

Em entrevista ao Poder360 nesta 4ª feira (4.out.2023), citou o roupa de que só uma vez um candidato venceu a eleição para prefeito de São Paulo na 1ª votação: João Doria (PSDB), em 2016. Disse que o melhor é ir “lentamente”. “Sou corintiano. Corintiano não comemora vitória antes da hora”, afirmou.

Se eleito, pretende reduzir em pelo menos 90% o totalidade estimado de 53.000 moradores de rua da cidade. “Combater a desigualdade não é bom só para o pobre. É bom para a cidade inteira. Torna a cidade mais segura, mais harmoniosa”, esses.

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Assista à íntegra da entrevista (48min18s):

Greve dos metroviários

Nunes culpou o Psol pela greve dos metroviários e ferroviários na 3ª (3.out). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) também fez críticas. Disse que a greve foi política.

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Boulos rebateu o que ambos disseram. Afirmou que o governador de São Paulo “tem que assumir sua responsabilidade” na greve dos metroviários e dos trens.

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Ele é o gestor do Estado. Deveria ter feito uma negociação razoável com a categoria. Não fez. Apostou no conflito, não no diálogo. E quis terceirizar a responsabilidade, colocar o meu partido, o meu nome. É desfaçatez o que ele e o prefeito de São Paulo fizeram”, disse o deputado.

“Querer me responsabilizar porque a presidente do sindicato (dos metroviários, Camila Lisboa) é filiada ao meu partido. Portanto eu vou responsabilizar o Tarcísio de Freitas pelo que qualquer pessoa do Republicanos fizer? Responsabilizar o Ricardo Nunes pelo que qualquer pessoa do MDB fizer? Isso não existe”, disse Boulos.

Lançamento de frente da esquerda

Partidos lançarão na 5ª (5.out) no Hotel San Raphael, localizado na região médio de São Paulo, uma frente para a eleição de 2024. Farão segmento Psol (de Boulos), PT, PC do B e PV. A união é uma ampliação da Federação Brasil da Esperança, que trabalhou pela eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Boulos avalia que o pedestal de Lula e sua participação na campanha serão fundamentais para a eleição para prefeito. Disse que as resistências do PT ao seu nome foram naturais, porque o partido sempre teve candidato ao incumbência, e agora deixará de fazer isso para apoiá-lo. Afirmou que as divergências estão superadas. A discussão da candidatura a vice, que deverá ser do PT, ficará para o próximo ano.

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A seguir outros trechos da entrevista:

  • Radicalismo “Eu não acho que é ser radical lutar para que as pessoas tenham um teto. Não acho radical lutar para que as pessoas possam consumir, tenham segurança fomentar”;
  • Pancadaria no Psol “O Congresso foi importante para o maduração do partido. Reafirmou o papel porquê base de pedestal do governo Lula. Havia parlamentares do partido que queriam uma posição que chamam de independência, que, na prática, seria ir para a oposição ao governo. Essa posição foi derrotada (…). Eu repudio qualquer forma de agressão e de violência. É lamentoso aquilo que ocorreu no fecho (quando militantes entraram em confronto físico);
  • Lula & Centrão (A chegada de Silvio Costa Rebento e André Fufuca) foi uma opção do que era provável”disse. Afirmou que preferia Ana Moser no Esporte, mas que é preciso fazer alianças para prometer governabilidade. “O combo que elegeu o Lula tem 135 deputados de 513. Não aprova nem nome de rua. Isso forçou o presidente Lula a buscar uma ampliação com outros setores para ter governabilidade”. Disse que a esquerda precisa mostrar sua força nas ruas para fazer frente a isso. Acho que a governabilidade não pode se consistir só aí (nas escolhas de ministros ligados a partidos do Centrão). O próprio presidente Lula disse isso recentemente: acho que os movimentos sociais precisam estar mais ativos. A direita cresceu quando a esquerda saiu da rua”;
  • Ocupação (ou invasão) de terras“Tem ocupação de terreno improdutiva que já deveria ter sido desapropriada para a reforma agrária. Outra coisa são ocupações em terras que não têm essa particularidade. A sociedade diferencia isso”.



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