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O Brasil pede que as as partes envolvidas respeitem os termos do acordo, garantam “a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza”. Também pede para assegurarem as condições necessárias para o início do “urgente processo de reconstrução” da infraestrutura civil de Gaza.
“Se confirmado oficialmente pelas partes envolvidas, o acordo interrompe conflito que, em 15 meses, vitimou fatalmente mais de 46 mil palestinos, com grande proporção de mulheres e crianças, e mais de 1.200 israelenses, além de mais de 160 jornalistas e 265 funcionários das Nações Unidas. O conflito causou ainda o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas e a destruição da infraestrutura do território palestino, incluindo hospitais e escolas, gerando danos indiretos incalculáveis para gerações atuais e futuras”, diz a nota do Itamaraty.
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O Brasil ainda apelou pela retomada imediata do processo de paz entre israelenses e palestinos e reiterou a pauta tradicional de solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel.
O presidente Lula, nas redes sociais, disse que a notícia de que um cessar-fogo em Gaza “foi finalmente negociado traz esperança”.
“Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio”, escreveu.
A previsão é de que o acordo comece a vigorar no domingo, disse Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, primeiro-ministro do Catar, país que é um dos mediadores, juntamente com Estados Unidos e Egito. A primeira libertação seria de três reféns. Ele acrescentou, porém, que os dois lados ainda trabalham para resolver algumas das questões logísticas relativas à operação.
A informação foi corroborada pelo escritório do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acrescentando haver expectativas de que os detalhes ainda em discussão sejam definidos até o fim desta quarta-feira. Para seguir adiante, o acordo ainda precisa da ratificação do Gabinete israelense, com votação prevista para quinta-feira.
O Hamas confirmou o acordo em uma declaração no Telegram, classificando-o como uma “conquista de nosso povo” e saudando a “lendária resiliência” dos habitantes de Gaza em face da guerra. Os combates quase ininterruptos em Gaza deixaram o Hamas gravemente enfraquecido, com muitos dos seus comandantes militares mortos, incluindo o seu líder de longa data em Gaza, Yahya Sinwar, que foi morto pelas forças israelenses no ano passado.
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