O técnico Fábio Carille não escondeu o conforto posteriormente a vitória do Santos sobre o Goiáspor 2 a 0, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. Com o resultado, o Peixe interrompeu a sequência de quatro derrotas seguidas e enfim voltou a vencer na Série B do Campeonato Brasiliano.
Questionado sobre a pressão que vinha rondando seu trabalho adiante do time, Carille disse que o conforto é “enorme”.
“É enorme. Não só para nós cá. Nesses momentos, quem sofre mais é família e amigos. Você tenta não trazer mais pressão para um lugar que está com muita pressão. Tentei fazer uma preleção tranquila, porque a pressão já vinha de todos os lados. Temos muitos pontos para disputar, o importante é estarmos ali no bolo”, disse o treinador.
Carille se diz “confortável” no comando do Santos. Ele admite que, em caso de tropeço para o Goiás, dificilmente iria permanecer no clube. Porém, ele segue mostrando crédito no seu trabalho.
“Me sinto muito confortável cá, mas sei que, se eu perdesse hoje, a pressão iria ser muito grande. Sei o que eu faço, sei o que quero. É uma diretoria que participa do dia a dia, vê o nosso trabalho. Mas é resultado. Talvez até empate hoje, viria pressão de tudo que é lado, e o presidente tem que tomar uma decisão. Estou no futebol há muitos anos. É continuar trabalhando, passando para os atletas, e torcer para que as coisas aconteçam dentro de campo”, avaliou.
O treinador ainda fez uma avaliação da partida e acredita que o Santos foi melhor no primeiro tempo. Na lanço final, a equipe caiu e cedeu à pressão da torcida e ao nervosismo. O gol só veio na reta final do jogo, por meio de uma lapso bisonha do goleiro Tadeu.
“Acho que nosso primeiro tempo foi melhor que o segundo, até fazer o gol. Nossa proposta era chegar pelos lados, a globo chegou bastante. No segundo tempo, o time ficou um pouco nervoso. O envolvente ficou um pouco negativo. Mas até que, infelizmente, com o erro do goleiro, saiu nosso gol. Aí voltamos a ter controle do jogo, tivemos o contra-ataque com jogadores descansados”, analisou o comandante.
“Nosso primeiro tempo teve volume. No segundo tempo, aí sim, a atmosfera foi ficando negativa. Com cobranças nervosismo. Não estávamos acertando. Fomos melhor no primeiro tempo, e no segundo tempo, com o erro do Tadeu, conseguimos fazer o gol”, concluiu.
A vitória alivia a pressão sobre Fábio Carille e coloca o Peixe, momentaneamente, de volta ao G4 da Série B. O Peixe, agora, é o quarto disposto da tábua de classificação, com 18 pontos.
O próximo compromisso do Santos está marcado para a próxima terça-feira. O time enfrenta o Mirassol, a partir das 19h (de Brasília), no Estádio Municipal José Maria de Campos Maia, pela 12ª rodada da Série B.