Março 18, 2025
Caso Djidja Cardoso: família de ex-sinhazinha liderava seita que promovia uso de ketamina, diz polícia

Caso Djidja Cardoso: família de ex-sinhazinha liderava seita que promovia uso de ketamina, diz polícia

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A Polícia Social do Amazonas informou nesta sexta-feira (31) que a família de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Reservado, liderava uma seita religiosa chamada “Pai, Mãe, Vida”. Segundo as investigações, a organização prometia aos seguidores a transcendência para outra dimensão e a salvação em um projecto superior.

Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, porquê era conhecida, morreu aos 32 anos na mansão em que vivia, no bairro Cidade Novidade, em Manaus. O caso ocorreu na última terça-feira (28).

Conforme a Policia Social, as investigações sobre a existência da seita e a prática de crimes começaram há 40 dias, antes da morte de Djidja. Nesse tempo, foi desvelado que o grupo obtinha a droga ketamina em uma clínica veterinária, sem qualquer tipo de receita ou controle, e distribuía entre os funcionários da rede de salões de venustidade.

De concordância com o procurador Cícero Túlio, titular do 1° DIP, no contextura das atividades da seita foram identificadas duas pessoas que teriam sido mantidas em cárcere privado, nuas e privadas de higiene por vários dias. Uma vez que resultado desses atos, uma das vítimas, que estava pejada, sofreu um monstruosidade.

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Durante as investigações, acrescenta o procurador, foi provável identificar Ademar Farias Cardoso Neto, 29 anos, e a mãe dele, Cleusimar Cardoso Rodrigues, 53, porquê fundadores da seita. Eles são, respectivamente, irmão e mãe de Djidja Cardoso.

Túlio acrescenta que a seita contava com a colaboração dos funcionários da rede de salões de venustidade Verônica da Costa Seixas, 30 anos, e Claudiele Santos da Silva, 33 anos, além de Marlisson Vasconcelos Dantas, que está homiziado. Eles eram encarregados de persuadir funcionários e pessoas próximas à família a se associarem à seita, onde as drogas de uso veterinário eram utilizadas.

Os líderes da seita persuadiam os seguidores a crer que, ao usarem compulsivamente a ketamina, poderiam transcender para outra dimensão e entender um projecto superior, onde encontrariam a salvação. A ketamina –também conhecida porquê cetamina– é um tipo de anestésico.

Durante a operação realizada na tarde de quinta-feira (30), foram apreendidas centenas de seringas, produtos para entrada venoso, agulhas e ketamina, além de celulares, documentos e computadores.

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O grupo responderá por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, por colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros, falsificação, depravação, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, monstruosidade induzido sem o consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento proibido.

Substâncias apreendidas durante operação que investiga a morte de Djidja Cardoso
Substâncias apreendidas durante operação que investiga a morte de Djidja Cardoso / Divulgação/Polícia Social do Amazonas

Morte da ex-sinhazinha

A morte de Djidja está sendo investigada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Inicialmente, a suspeita é de que a ex-sinhazinha tenha sido vítima de uma overdose devido ao uso excessivo de ketamina durante um dos rituais da seita religiosa liderada pela família.

A Polícia Social aguarda o resultado do inspecção de necropsia realizado pelo Instituto Médico Lítico (IML). Conforme as autoridades de segurança, Djidja também fazia segmento da seita, sendo, inclusive, mira das investigações.

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