Maio 6, 2025
Casos de dengue dobram no Sudeste em um ano, com explosão no ES | Tribuna Online

Casos de dengue dobram no Sudeste em um ano, com explosão no ES | Tribuna Online

Continue apos a publicidade
Imagem ilustrativa da imagem Casos de dengue dobram no Sudeste em um ano, com explosão no ES

Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue

|  Foto:
Reprodução/Canva

Continue após a publicidade

Em um ano, a região Sudeste teve aumento de 100,6% nos casos de dengue e 58% nas mortes causadas pela doença. A informação foi extraída do Pintura de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.

De 1º de janeiro a 27 de dezembro de 2023, houve 926.907 registros da doença e 599 mortes, contra 461.988 casos e 379 óbitos no mesmo período de 2022.

Com subida de 1.142,7% nos casos, Espírito Santo vive uma explosão —as ocorrências da doença subiram de 11.088 em 2022 para 137.792 no ano pretérito. Os óbitos saltaram de 7 para 93.

Na opinião do infectologista Júlio Croda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, o Brasil terá uma epidemia de dengue em 2024.

Continue após a publicidade

O alerta ganhou reforço de outros especialistas ao longo do ano, também por justificação do ressurgimento do sorotipo 3, que estava sumido há tapume de 15 anos.

“Tivemos um inverno atípico, quente, principalmente pelo efeito do El Niño, e com mais casos do que no inverno de 2022. A tendência é que para 2024 tenhamos um período sazonal que se inicia agora e vai até abril, maio, com um número de casos bastante saliente”, afirma.

“A região Sudeste, que está tendo um número muito significativo de casos de dengue, nos preocupa muito, assim porquê o sul do Brasil, por exemplo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Antes, esses locais no Sul não tinham quase casos de dengue, principalmente por conta das condições climáticas. As mudanças climáticas, o aumento da temperatura em 2023, influenciada pelo El Niño, e também o aumento da temperatura global porquê um todo, favorecem a expansão do Aedes aegypti para outras regiões, porquê o sul do Brasil”, diz o perito.

Em Minas Gerais, o número de casos chegou a 404.026, com subida de 352,1%, e 194 mortes, aumento de 198,4%. O Rio de Janeiro registrou um salto de 329,2% nas confirmações da doença, alcançando 47.625 ocorrências, e 70,5% nas mortes, que chegaram a 29.

Continue após a publicidade

Mesmo com os números expressivos, São Paulo é o único estado do Sudeste em queda —de 350.444 casos em 2022 para 337.464, o equivalente a 3,7%. Em 2022, 290 pessoas morreram de dengue —sete a mais que em 2023.

Segundo o Ministério da Saúde, é esperado aumento de casos na maior secção do Brasil, principalmente no Sul (mormente no Paraná), Sudeste (Minas Gerais e Espírito Santo) e Meio-Oeste. O Nordeste deverá permanecer aquém do limiar epidêmico.

No Brasil, foram registrados 1.641.278 casos de dengue em 5.039 municípios. A taxa de incidência de dengue no país é de 808,26 por 100 milénio habitantes. A doença matou 1.079 pessoas, segundo o Pintura de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Outros 211 óbitos estão em investigação.

Se comparado com o mesmo período do ano anterior, o número de casos está 16,8% maior. Até 27 de dezembro, 2022 somou 1.404.940 ocorrências. Destas, 50.101 pessoas foram internadas e 1.054 morreram. A dengue atingiu 5.019 municípios brasileiros. Na estação, o Ministério da Saúde investigava 64 mortes.

Continue após a publicidade

DENGUE CRESCE 27,2% NO SUL

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul juntos são responsáveis por 392.692 casos de dengue até 27 de dezembro de 2023, com 280 mortes. Em 2022, houve 308.711 casos e 267 óbitos.

Na região, somente o Rio Grande do Sul teve queda nas ocorrências — 38.312 no ano pretérito contra 67.292 em 2022— e óbitos —54 perante 66 em 2022.

NORTE TEM AUMENTO DE 39,4%

De janeiro a 27 de dezembro de 2023, houve 50.305 casos de dengue e 45 mortes na região, de conciliação com o tela do Ministério da Saúde.

Amapá e Acre tiveram aumento mais significativo nos casos de dengue, na conferência de 2023 com 2022 —310,5% e 134%, respectivamente.

Continue após a publicidade

DENGUE CAI NO NORDESTE E NO CENTRO-OESTE

No mesmo período, o Nordeste confirmou 106.658 casos, 56,2% a menos que no ano pretérito.

Continue após a publicidade

As mortes seguiram a mesma tendência, com queda de 41,5% no período —redução de 130 para 76.

No Meio-Oeste do Brasil, os casos de dengue caíram 47,4%, de 340.411 para 178.950. Em relação aos óbitos, redução de 56,2% —de 233 no ano pretérito para 102 em 2023.

A dengue possui quatro sorotipos. Quando um sujeito é infectado por um deles adquire isenção contra aquele vírus, mas ainda fica suscetível aos demais.

Continue após a publicidade

Com a identificação do sorotipo 4 da dengue no Rio de Janeiro —sumido na cidade desde 2018—, o Brasil tem hoje os quatro tipos de dengue em circulação ao mesmo tempo.

A circulação de vírus diferentes aumenta a possibilidade de casos graves da doença. Um sorotipo não confere isenção para outro e isso é o que preocupa os especialistas. Por exemplo, as pessoas que contraírem o 3 e já tiveram o 1 ou 2 anteriormente podem desenvolver a forma grave, que necessita de internação ou coloca a vida em risco.

“O que nos preocupa muito é essas regiões onde a gente não tinha muitos casos de dengue no pretérito e agora apresenta muitos porque a população não foi exposta previamente. Ou por outra, nesses locais, os serviços de saúde não estão preparados para identificar os sinais de alerta que estão associados à maior seriedade da doença e tratar adequadamente”, finaliza Croda.

Os sintomas da dengue são febre subida (supra de 38°C); dor no corpo, nas articulações, detrás dos olhos e de cabeça; mal-estar, falta de gosto e manchas vermelhas no corpo. Ela não se confunde com gripe e Covid, porque não justificação sintomas respiratórios e dor de goela.

Continue após a publicidade

Os sinais de alerta para a seriedade são queda importante na pressão, sonolência, modificação no nível de consciência, hipotermia, dor abdominal intensa, vômitos e sangramento.

Estratégias para a vacinação contra a dengue serão definidas no início do ano

O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue —Qdenga, do laboratório Takeda— ao SUS (Sistema Único de Saúde). O órgão ainda não divulgou as estratégias para a vacinação. Sabe-se que devido à capacidade restrita de fornecimento de doses por secção do laboratório, a vacina será voltada a público e regiões prioritárias, com maior incidência da doença.

A cidade de Dourados (MS) começou a partilhar nesta quarta-feira (3) as primeiras doses da vacina Qdenga. Mal receberem o imunizante, UBSs do município poderão iniciar a vacinação.

Continue após a publicidade

A ação em Dourados é fruto de uma parceria entre a prefeitura e a farmacêutica.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue

BRASIL

Veja quando começa o calendário vernáculo de vacinação contra a dengue

Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue

Continue após a publicidade

SAÚDE

Brasil bate recorde de mortes por dengue em 2023

Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue

SAÚDE

Brasil é país com mais casos de dengue no mundo, alerta OMS

Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue

Continue após a publicidade

CIDADES

Casos de dengue aumentam 10 vezes nascente ano no ES

Fonte

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *