À CGU, funcionários da UBS negaram ter visto ex-presidente. Todos os funcionários ouvidos pela CGU disseram não ter visto Bolsonaro na UBS Parque Peruche em 19 de julho de 2021. Os depoimentos foram corroborados pela estudo dos livros físicos mantidos pela UBS para registro da vacinação da população.
Havia outros dois registros de imunização em Duque de Caixas (RJ). Nestes cadastros, os auditores da CGU identificaram rapidamente um provável esquema de fraude em cartões de vacinação que também envolvia o portanto secretário de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha. Os registros foram feitos por agentes municipais, mas cancelados antes mesmo do início das investigações.
Investigação da CGU no Rio revelou relação de Mauro Cid com o esquema. As descobertas da CGU em Duque de Caxias levaram à deflagração da Operação Venire, da Polícia Federalista. A ação revelou a relação de agentes públicos federais e municipais com o esquema e, ainda, a do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que foi recluso preventivamente em maio de 2023.
Portanto, quanto à vacinação que teria ocorrido em São Paulo – único registro que ainda permanece no cartão de vacinação do ex-Dirigente do Executivo – a CGU encerrou seus trabalhos no final de 2023. A desfecho foi que se trata de fraude ao sistema estadual de registro de vacinação contra a covid-19.
CGU, em nota
Ingresso nos EUA
Dados de vacinação foram adulterados para permitir ingresso nos EUA. Segundo a PF, Bolsonaro não se vacinou, mas tinha um certificado ilícito que indicava o oposto. A PF também investigava se essas fraudes beneficiaram a filha do ex-presidente, Laura, de 13 anos, e assessores e familiares que também viajaram aos EUA no final de 2022.