Cerveja e corrida: uma combinação improvável? | João Filho

Entrei no universo da corrida e me perguntei: será que cerveja e corrida combinam? Como bom cervejeiro, meu coração disse “sim”, mas meu lado corredor ficou com uma pulga atrás da orelha. Afinal, será que dá pra juntar o prazer de um gole gelado com o suor de quilômetros percorridos?

Fuçando por aí, descobri que essa mistura não só existe como já virou tendência! Tem eventos como o Circuito Cervejeiro de Corrida ou a famosa Beer Run. Nessas provas, a cada quilômetro percorrido, os corredores brindam com uma cervejinha. É quase um bloco de carnaval com tênis de corrida! Camisetas personalizadas, música animada, risadas e, claro, muita cerveja – tudo isso misturado a passos suados e respiração ofegante.

Mas será que é uma boa ideia mesmo? Durante a corrida, o álcool pode ser um verdadeiro vilão. Ele desidrata, atrapalha o desempenho, pode prejudicar a coordenação e, em casos mais extremos, até causar aquela sensação de que estamos correndo numa montanha-russa. Definitivamente não é o combustível ideal para a performance.

Por outro lado, a cerveja sem álcool surge como uma espécie de heroína esportiva. Estudos da Universidade de Munique mostraram que ela pode ajudar na recuperação muscular, reduzir inflamações e até prevenir gripes depois de provas intensas. Tudo isso graças aos polifenóis, compostos antioxidantes que ajudam a manter nosso corpo em ordem depois daquele longão suado de domingo.

Hoje em dia, depois de um treino puxado ou uma prova desafiadora, troco fácil o isotônico por uma cerveja sem álcool bem gelada. É minha forma de brindar o esforço, celebrar as conquistas e, de quebra, curtir o momento sem atrapalhar a recuperação.

No fim das contas, cerveja e corrida podem, sim, andar lado a lado – desde que com bom senso, moderação e, de preferência, na versão sem álcool. Afinal, quem disse que a vida saudável não pode ter sabor?