Namoro e término com Cazuza: “Fui completamente enamorado, mas era difícil conviver com os dois Cazuzas que havia nele. No lado público, se mostrava invasivo, louco, bêbado e cheirava muito pó. Já na intimidade, era o oposto. Foi uma das pessoas mais encantadoras que conheci”.
A relação durou três intensos meses. Uma vez, ele sumiu por quatro dias e apareceu na minha morada sujo, fedendo, com um traficante a tiracolo. Discutimos, e Cazuza cuspiu em mim. Aí dei um tapa na face dele e o mandei ir embora. Seguimos amigos, nos amando, mas sem sexo.
Morte de Marco, outro namorado, vítima de Aids. “Eles [Marco e Cazuza] receberam o diagnóstico na mesma idade. Cazuza morreu e, dois dias depois, foi a vez do Marco, em 1990”.
Preconceito com Aids: “Era um período dissemelhante de hoje. As pessoas tinham pânico até de reclinar em alguém com Aids. Em uma ocasião, fui levar o Marco, detonado, ao médico, e não queriam que entrássemos no elevador. Cazuza morava perto de mim. Ia visitá-lo e massageava seus pés quando já não conseguia se levantar”.
Além do Cazuza e do Marco, treze amigos, alguns que eu havia namorado, se foram num período limitado.
Nude vazado em 2021: “Estava flertando com alguém, que me mandava fotos e eu enviava de volta. Percebi quase imediatamente que tinha postado inexacto, e logo começaram a me vincular. Sei que nunca mais vai trespassar da internet, mas não fico constrangido. Espero que façam bom uso”.