Março 20, 2025
Claudia Sheinbaum é eleita a primeira mulher

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A observador Claudia Sheinbaum, de 61 anos, será a primeira mulher a se tornar presidenta do México, indica a narração preparatório solene dos votos realizada pelo Instituto Pátrio Eleitoral (INE). Com quase 70% das urnas apuradas às 7h (horário de Brasília) desta segunda-feira (3), a candidata governista aparece 30 pontos primeiro de sua adversária, Xóchitl Gálvez, senadora e empresária de centro-direita e de raízes indígenas.

Momentos depois da divulgação dos primeiros resultados, Sheinbaum falou a apoiadores reunidos na Cidade do México e destacou o simbolismo de ser a primeira mulher eleita para o Executivo em 200 anos de independência. Enquanto o auditório explodia em aplausos e gritos de “presidenta, presidenta!”, ela acrescentou: “Porquê já disse em outras ocasiões,não chego sozinha, todos nós chegamos. Com nossas heroínas que nos deram nossa pátria, com nossos ancestrais, nossas mães, nossas filhas e nossas netas”.

A presidenta eleita ainda afirmou que seu governo quer “um México plural, diverso e democrático”. “Sabemos que a divergência faz segmento da democracia e, embora a maioria das pessoas apoie nosso projeto, nosso obrigação é e sempre será cuidar de todos os mexicanos, sem evidência. Portanto, mesmo que muitos mexicanos não concordem totalmente com nosso projeto, caminharemos em sossego e simetria”.

Além da Presidência, das oito eleições provinciais, o partido governista do atual presidente Andrés Manuel López Obrador conseguiu vencer novamente nas cinco que já governava e em duas que eram governadas pela oposição: Yucatán e Jalisco.

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Outrossim, embora a narração final ainda demore dias para ser totalmente concluída, o Morena poderia obter uma maioria qualificada no Legislativo. Dessa forma, o governo de Sheinbaum poderia revalidar reformas constitucionais propostas.


Quem é Cláudia Sheinbaum?

Com 61 anos, a presidenta eleita do México iniciou na sua militância estudantil nos anos 1980, e teve seu primeiro missão público uma vez que secretária do Meio Envolvente da Cidade do México (2000-2006).

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Sheinbaum fez um doutorado em engenharia ambiental na Universidade Pátrio do México (Unam), para o qual pesquisou durante quatro anos nos Estados Unidos, e fez segmento do Quadro Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC) que ganhou um Prêmio Nobel da Silêncio em 2007.

Suas convicções de esquerda que a tornaram militante do Parecer Estudantil Universitário (CEU), coletivo que freou uma tentativa de privatização da universidade pública e foi terreno fértil para nomes do atual governo de Andrés Manuel López Obrador, seu paraninfo político.

“Dra. Claudia Sheinbaum será a primeira mulher presidente não exclusivamente do México, mas dos três países da América do Setentrião. Esse me parece um oferecido bastante relevante e alguma coisa que me parece muito interessante é que em universal a população a reconhece plenamente por suas habilidades e pelos resultados que obteve uma vez que dirigente de governo, mas também por uma vida inteira e uma história de congruência e dedicação à pretexto”, disse antes do pleito ao Brasil de Veste Eder Guevara, militante fundador do partido Morena e colaborador do Instituto Pátrio de Formação Política (INFP) do partido.

“Os dois vêm de uma luta que construíram juntos e que procura ampliar direitos sociais e das pessoas no nosso país, atender quem historicamente ficou para trás. E um ponto suplementar: terminar ou diminuir as desigualdades do nosso país. Essa seria a grande relação do projeto de ambos”, disse ao Brasil de Veste Entrevista Tatiana Clouthier, ex-ministra da Economia do governo Obrador entre 2020 e 2022 e porta-voz da campanha de Sheinbaum.

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“É uma mulher que vem lutando desde muito jovem, quando era uma estudante de ensino médio. Buscou que seus companheiros e companheiras tivessem entrada à instrução gratuita, uma vez que ela teve, porque não havia vagas no sistema educativo e aí ela começa uma luta neste sentido”, ressalta Clouthier.

Porquê prefeita de um região da Cidade do México, enfrentou o desmoronamento de um escola durante o terremoto de 2017 que matou 26 pessoas, incluindo 19 crianças.

Metodicamente, insistiu que as irregularidades encontradas na construção não eram culpa da prefeitura. Também gerenciou com destreza um dos momentos mais difíceis uma vez que prefeita da capital (2018-2023): a pandemia e a queda de uma traço do metrô.

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O uso de métodos científicos e ferramentas tecnológicas refletiu a marca de Sheibaum na gestão da covid, que, no entanto, deixou uma elevada mortalidade.

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Em seguida o colapso de uma traço de metrô que deixou 27 mortos e 80 feridos em 2021, defendeu sua equipe e optou por uma polêmica negociação com a construtora da obra – propriedade do magnata Carlos Slim – para indenizar as vítimas e evitar julgamentos.

Liderança feminina

Durante a campanha, uma câmera a flagrou reclamando com raiva do tratamento injusto do partido enquanto ela disputava a candidatura presidencial com o ex-ministro das Relações Exteriores Marcelo Ebrard, cujos ataques também não conseguiram exasperá-la. Sheinbaum concorreu com cinco homens nas internas do partido Morena e foi escolhida pela militância do partido para suceder López Obrador.

“O ex-chanceler do México ficou em segundo lugar, mas muito detrás da doutora. Também participou Gerardo Fernández Noroña, outro líder de esquerda. Ele estava tão confortável no México que, quando renunciou, era Secretário do Interno, renunciou para assumir essa pré-candidatura. Havia outros dois candidatos de partidos aliados, e perderam por uma margem muito grande para a doutora”, aponta Guevara sobre as internas do Morena que chancelaram o nome de Sheibaum para a disputa presidencial.

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Chamada de “senhora de gelo” por sua principal adversária, Sheibaum nunca olhou ou chamou a centro-direitista Xóchitl Gálvez pelo nome durante três debates nos quais Gálvez a atacou duramente. A campanha também revelou uma Sheinbaum afetuosa e sorridente, formas que ela geralmente suplente para as pessoas mais próximas. Ela distribuiu beijos e abraços entre milhares de apoiadores e colocou perdão e humor nos vídeos do TikTok.

Ela é atenciosa com as mulheres de sua equipe de campanha e apoia a liderança nivelado. “Apesar de ser uma observador, ela é uma lutadora social, o que faz uma combinação muito boa de mente e coração”, diz Clouthier.

Desafios

O México vive uma lesma de violência desde o início de uma ofensiva militar em 2006 contra os cartéis, que obtêm lucros milionários com o tráfico de drogas sintéticas para os Estados Unidos, onde se abastecem com armas. Desde logo, o país acumulou mais de 450 milénio homicídios e mais de 100 milénio desaparecimentos, segundo dados oficiais. A violência de gênero também afeta o país: os números do governo registraram 852 feminicídios no ano pretérito.

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Eder Guevara aponta que o governo Andrés Manuel López Obrador fez grandes progressos na pacificação do país. “Os homicídios intencionais foram reduzidos em 40%, o feminicídio em mais de 45% e os crimes de cumeeira impacto, uma vez que roubo e sequestro, foram reduzidos em mais de 70 a 80%. Portanto, Andrés Manuel fez progressos na pacificação do país, mas ainda há muitas células com muito poder armado com muitas armas dentro das comunidades, que ainda é muito difícil erradicar.”

Tatiana Clouhtier aponta que a proposta de governo de Sheinbaum na extensão da segurança é aprofundar a política inciada por Obrador, dando maior poder de investigação para a polícia.

“Ela modificou a lei estadual e quer ampliar para todo o país. Por outro lado, também coloca a questão de ter uma Polícia Federalista, vinculada à Presidência, que atue em estradas, alguma coisa que hoje é uma vazio, não existe da maneira que a doutora propõe. E temos a questão da reforma do Poder Judiciário, da qual o presidente López Obrador já falou. Dentro do Poder Judiciário, haveria um órgão responsável pelo funcionamento interno para que problemas de prevaricação sejam identificados e não negligenciados uma vez que estão hoje.”

*Colaborou Gabriel Vera Lopes, enviado privativo à Cidade do México

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Edição: Leandro Melito


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