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Comandante do Tropa relatou apelo golpista de Bolsonaro – 26/09/2023 – Poder

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Ex-comandante do Tropa, o general Freire Gomes relatou a pessoas próximas que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu entorno, além de militares da suplente, fizeram apelos às Forças Armadas por um golpe contra a eleição de Lula (PT).

Oito oficiais-generais consultados pela Folha contam que os relatos eram feitos em conversas pessoais, com os militares mais próximos de Freire Gomes, sem informar o Sobranceiro Comando da Força.

Descrito porquê uma pessoa discreta, o ex-chefe militar informou a seus pares, quando perguntado, que sempre respondeu a Bolsonaro e seu entorno que o Tropa não embarcaria em aventuras.

Freire Gomes e os ex-comandantes Almir Garnier (Marinha) e Baptista Junior (Aviação) foram chamados murado de dez vezes por Bolsonaro para reuniões no Palácio da Alvorada em novembro e dezembro, depois a vitória de Lula.

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Todas as reuniões ocorreram fora da agenda presidencial, e suas convocações eram feitas pelo celular do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, ou pelo próprio ex-presidente.

A primeira conversa ocorreu em 1º de novembro —dois dias depois o segundo vez das eleições. Na ocasião, segundo relatos, as pautas giraram em torno do fechamento de rodovias e dos acampamentos golpistas com bolsonaristas que se formavam em frente aos quartéis.

Os assuntos que foram tratados nem sempre foram expostos previamente, segundo generais próximos a Freire Gomes. Eles contam que, em alguns casos, Bolsonaro unicamente buscava conversar com os chefes militares.

Em outras ocasiões, segundo essas fontes, Bolsonaro e militares de seu entorno defenderam francamente intenções golpistas de se buscar formas de questionar ou virar o resultado eleitoral.

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A decisão do Tropa de que não apoiaria planos golpistas, porquê pediam os bolsonaristas, não foi uma posição definida formalmente em reuniões do Sobranceiro Comando. Ela surgiu de conversas espontâneas entre generais —e, mormente, de consultas de representantes de governos estrangeiros à cúpula militar.

Os encarregados de negócios dos EUA no Brasil, Douglas Knoff, e do Reino Uno, Melanie Hopkins, participaram de reuniões secretas com generais do Tropa Brasílio para sondar qual posição a Força pretendia adotar.

Nessas ocasiões, os diplomatas estrangeiros manifestaram que haveria possante oposição de seus países a qualquer tentativa de ruptura democrática.

Houve ainda recados diretos antes das eleições sobre o receio internacional com a situação brasileira, porquê o feito pelo secretário de Resguardo dos Estados Unidos, Lloyd Austin, ao logo ministro da Resguardo general Paulo Sérgio Nogueira.

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Os dois se encontraram por murado de 40 minutos durante a Conferência dos Ministros de Resguardo das Américas, em Brasília, em julho do último ano.

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Tudo estava evidente para Marco Antônio Freire Gomes assumir uma das cadeiras do STM (Superior Tribunal Militar) quando, em março de 2022, Bolsonaro o convidou para comandar o Tropa.

É praxe nas Forças os oficiais-generais mais antigos definirem seu porvir meses antes de irem para a suplente. No último ano, o consonância sombrio já estabelecia os próximos passos dos três generais mais antigos.

Além de Freire Gomes, o general Valério Stumpf tinha garantida a presidência da Poupex (instituição que oferece crédito habitacional a militares). Os últimos quatro estrelas da lista, Tomás Paiva e Júlio Cesar Arruda, preferiam ir à suplente sem assumir, de súbito, novo missão na burocracia de Brasília.

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O xadrez acabou prepóstero com os desdobramentos da interferência de Bolsonaro nas Forças Armadas, quando o logo presidente decidiu, em 2021, desobrigar todos os chefes militares e o logo ministro da Resguardo, Fernando Azevedo, por falta de pedestal às investidas palacianas em meio à pandemia da Covid.

Durante a transição de governo, Freire Gomes disse ao ministro José Múcio Monteiro que gostaria de deixar o missão antes da posse de Lula, por questões pessoais. Não entrou em detalhes, mas prometeu colaborar com a passagem de comando para o general Arruda —que havia sido escolhido por Múcio.

Arruda acabou deposto no final de janeiro por Lula, em meio a uma crise de crédito oportunidade depois os ataques antidemocráticos do dia 8 daquele mês, em Brasília.

As consultas de Bolsonaro aos planos golpistas aventados no Palácio da Alvorada são branco da delação de Mauro Cid à Polícia Federalista, informação revelada pelo UOL e pelo jornal O Mundo e confirmada pela Folha.

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Segundo Cid, Almir Garnier, da Marinha, manifestou-se favoravelmente às intenções golpistas durante as conversas de bastidor.

Uma vez que a Folha revelou à idade, o Almirantado não era favorável às posições de Garnier. O conjunto de almirantes ainda se opôs ao comandante às vésperas do Natal, em reunião no Rio de Janeiro, quando o director militar ameaçou deixar o missão antes da posse de Lula.

Em ato inédito na democracia, porquê protesto, Garnier faltou à passagem de comando da Marinha para o almirante Marcos Sampaio Olsen.

Fonte

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