A Polícia Social do Rio de Janeiro concluiu que três comissários da British Airways que disseram ter sido assaltados na capital fluminense, no início de setembro, mentiram sobre a situação.
O caso ocorreu na madrugada de 5 de setembro. Nesse dia, a companhia aérea adiou em 24 horas um voo entre os aeroportos do Galeão e de Heathrow, em Londres.
A reportagem não conseguiu localizar os comissários nem seus advogados. Em nota, a British Airways afirmou que os três comissários não estavam escalados para o voo que foi cancelado. A empresa não explicou, porém, o motivo do cancelamento.
Segundo a investigação, o grupo teria mentido para não ser punido pela empresa.
A polícia acredita que os três acabaram perdendo os telefones da empresa durante uma noitada, que começou na Pedra do Sal, na zona portuária do Rio, e terminou com o trio —dois homens e uma mulher— separado.
A delegada Patricia Alemany, da Deat (Delegacia Próprio de Suporte ao Turismo), afirmou à reportagem que os tripulantes estão sendo investigados por falsa notícia de transgressão.
Na delegacia, dois dos comissários, segundo a polícia, disseram que pediram um táxi em direção à Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, onde estavam hospedados, mas foram levados para um posto de gasolina em Vaz Lobo, na zona setentrião.
Lá, segundo afirmaram, os celulares foram roubados por três homens que os seguiram desde a Pedra do Sal. Ainda de congraçamento com a dupla, os suspeitos teriam levado dois celulares e pertences.
A comissária disse, em testemunho, que tinha um telefone escondido, por meio do qual conseguiu invocar um sege de aplicativo. No trajeto para o hotel, conforme narrou, a dupla teria sido assaltada novamente, desta vez por um varão em uma moto, que teria roubado o último celular.
Outro comissário contou à polícia que conheceu uma mulher na Pedra do Sal e, em seguida minutos de conversa, ele teria ido ao banheiro e, na fileira, tomado um gole de uma bebida. A partir daí, alegou não se lembrar de mais zero, só de ter acordado deitado em uma rua.