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Ela não zomba da vulnerabilidade dos parceiros porque ela própria está vulnerável, descobrindo-se, testando seus limites e desejos. O erotismo das cenas de sexo é com frequência interrompido por um humor refinado, que não se sobrepõe a profundidade dos encontros.
A série, aliás, mostra como o humor é tão necessário para aliviar as dores inevitáveis da existência. É só dessa maneira que o público consegue sobreviver ao drama de Molly às portas da morte.
Embora não seja o foco, a série aborda os efeitos da doença e dos tratamentos, a menopausa precoce e sua repercussão na sexualidade feminina. É preciso encontrar forças para estimular o desejo e o erotismo e assumir o controle do corpo, esse que não só está frágil pela doença, mas que também é manipulado por tantas pessoas durante um tratamento oncológico.
Mas o prazer, que muitos pensam ser apenas físico, é aqui mostrado como um território de reencontro consigo mesma. Molly começa a descobrir o que gosta, a se permitir dizer sim e não, a sentir-se dona do próprio corpo e da própria história.
E é ao lado de Nikki que ela compartilha suas emoções, suas conquistas, seus medos. A amizade entre as duas é a âncora emocional da narrativa, o lugar onde Molly se sente segura para ser quem é. À medida que a morte se aproxima, paradoxalmente, a protagonista vai vivendo cada vez mais. Vai dizendo o que sente, vai escolhendo, vai se permitindo.
Onde antes havia silêncio, agora há palavras. Onde havia medo, agora há coragem. Onde havia morte em vida, agora há, finalmente, vida.
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