Comprar, oferecer, trocar… é o ciclo dos presentes na quadra natalícia para grande segmento dos consumidores.
Os gastos de 2023 foram superiores aos de 2022, mas o setor que mais se destaca pela positiva é o da restauração, revela o vice-presidente da Confederação do Negócio e Serviços de Portugal (CCP), Vasco Melo, em declarações à TSF.
“A restauração teve um comportamento extremamente positivo, que já vinha em risco com as informações que nós tínhamos veiculado há uma ou duas semanas detrás”, mas também os números relativos a compras de Natal são “extremamente positivos”, destaca.
Por sua vez, o presidente da PRO.VAR – Associação Pátrio de Restaurantes, Daniel Serra, nota que no período de Natal houve uma ligeira subtracção na procura de restaurantes em algumas cidades, apesar de a descida não ter sido generalizada.
Subscrever newsletter
“Pode estar ligado a qualquer desinvestimento de algumas cidades, porquê por exemplo, de Porto e Lisboa, com alguma subtracção face ao ano pretérito, que correu melhor.”
Para o período de saldos pós-Natal, o vice-presidente da confederação do negócio não está tão otimista oferecido o decréscimo do poder de compra e as várias oportunidades que os consumidores já tiveram ao longo do ano.
“O que acontece é que hoje banalizou-se um pouco o concepção de saldos, porque antes do Natal fizemos a Black Friday, que no concepção que é utilizado em Portugal no fundo é uma promoção, um saldo”, nota Vasco Melo. “Portanto, o impacto hoje em dia que os saldos têm não é um impacto tão grande porquê já foi há uns anos.”
A quebra no poder de compra vai também afetar as festas de término de ano, considera o presidente da PRO.VAR, com muitas pessoas a optar por comemorar a passagem de ano em vivenda e de forma mais “comedida”.
“Há realmente uma subtracção do poder de compra e há também um grande retraimento entre a classe média e a classe subida”, aponta Daniel Serra. “A classe média neste momento não tem capacidade para fazer grandes festas”, mas “existe uma franja da sociedade portuguesa que ainda tem muita disponibilidade financeira e esses procuram ou os grandes hotéis ou destinos turísticos para esta quadra de final de ano”.