Maio 6, 2025
Convivendo com Robôs | Simbiose entre humanos e máquinas só aumenta

Convivendo com Robôs | Simbiose entre humanos e máquinas só aumenta

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Os robôs já estão entre nós há muito mais tempo do que podemos imaginar, mesmo que eles não se pareçam com aquilo que a ficção científica prometeu. Se os androides ainda são um porvir distante, o dia a dia é permeado por esses inventos que não precisam se assemelhar aos humanos e nem aparentam ser máquinas de guerra.

Por definição, um robô é entendido porquê um sistema mecânico inteligente equipado com três tecnologias elementares: sensores, sistemas de acionamento e sistemas de lucidez e controle. É o que aponta a New Energy and Industrial Technology Development Organization (NEDO), do Japão. No limite da definição, um elevador poderia se encaixar nesses critérios.

Para entender o presente, o pretérito e o porvir da robótica, o Canaltech conversou com o artista visual Zaven Paré, com pós-doutorado na Universidade de Osaka em micromovimento dos robôs. Paré é também curador da exposição Convivendo com Robôsda Japan House São Paulo, em papeleta até o final de março de 2024.

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Os robôs amigáveis

Na exposição, Paré mergulhou nos inventos que já são comercializados e estão disponíveis majoritariamente no mercado nipónico. Dentro desse recorte, foram selecionados robôs que apoiam a vida cotidiana, popularmente conhecidos porquê robôs amigáveis.

É o caso do Lovot, da Groove X, que se assemelha a um pinguim com rodas e câmera, capaz de reconhecer o toque humano, interagir e até sentir ciúmes por atenção, se está em uma comunidade com outros semelhantes. Outros exemplos são:

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  • Aibo, um simpático cão mecânico da Sony;
  • Paro, uma fofa e rechonchuda foca da AIST;
  • Nicobo, uma espécie de girino da Panasonic, capaz até soltar puns;
  • Qoobo, uma indivíduo que lembra uma almofada sensível ao toque e com um rabo felpudo da Yukai Engineering.

Em geral, todas essas criações podem ser adotadas por casas de repouso, hospitais, centros de bem-estar ou mesmo escolas, com o intuito de tranquilizar o estresse, a solidão e até a sofreguidão. São companheiros, capazes de interagir sem necessariamente ter Lucidez Sintético, mas que exigem menos que pets de músculos e osso.

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Inclusive, Paré defende a inclusão da IA somente em casos onde ela contribuirá no desenvolvimento da narrativa e na autonomia do robô — hoje, a maioria dessas aplicações foca mais na capacidade de resposta a estímulos, ou seja, não há espontaneidade.

Nesse campo da robótica, o profissional explica que, por muito tempo, “pensávamos em fazer os dispositivos mais eficientes para nos servir, mas, na verdade, a gente percebeu que para desenvolver uma relação, temos que fabricar a vontade no usuário de cuidar deles”. Ao olhar para esta seleção, é realmente difícil não nutrir qualquer tipo de afeto e, com isso, a interação aumenta.

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Se você ficou curioso para entender o porquê dos robôs que mais despertam a atenção não serem cópias fidedignas de espécies reais de animais, Paré tem uma explicação envolvendo as expectativas dos usuários. Por exemplo, as pessoas conhecem muito muito gatos e cachorros, por isso, a chance de se decepcionar com um robô similar é muito mais subida. Logo, figuras mais estranhas ou animais mais exóticos se saem melhor. Esta é também uma das dificuldades por trás da geração de androides.

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Japão e a paixão por robôs

“A gente não sabe o que vai ser o porvir, mas eu sei que, daqui a 20 anos, vou ter 80 anos. Todo mundo sabe que, a partir de visível momento, vai envelhecer, escutar com dificuldade e ter problemas para se orientar”, explica Paré. A questão da memória também tende a piorar, sendo que, para isso, já contamos e muito com o celular — um item que também pode se enquadrar na definição do que é um robô e que tem revolucionado a vida humana desde 2007, com o surgimento dos smartphones.

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“Sou muito otimista ao imaginar que vão subsistir, talvez, máquinas que poderão ajudar cada pessoa em diferentes tipos de deficiências e de necessidades”, acrescenta sobre a evolução dos robôs amigáveis e de companhia para novos patamares, além de exoesqueletos.

É justamente essa questão do envelhecimento da população — alguma coisa já geral para os japoneses e que, agora, a inversão da pirâmide etária começa a ser observada entre os brasileiros — que o profissional aponta porquê um dos fatores que selam essa conexão tão potente do Japão com os robôs.

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Neste contexto, o governo nipónico lançou um importante programa de fomento à robótica nos anos 2000 — neste ano, a China anunciou planos de incentivar a indústria de humanoides internamente. Na idade, a teoria japonesa foi estimular o desenvolvimento desses robôs terapêuticos para atender pessoas que precisavam de qualquer tipo de pedestal no dia a dia. Logo, é alguma coisa pensado no cotidiano há murado de 20 anos.

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Ou por outra, o profissional destaca a reconstrução do Japão em seguida a Segunda Guerra Mundial, em que houve um esforço muito grande no sentido de modernização e mecanização das indústrias e da procura por sublimidade. Neste ponto, os robôs industriais foram fundamentais, espalhando-se para outras áreas.

Mangás e animes

Em paralelo, desde os anos 1920, diferentes romances, mangás e desenhos publicados no país têm porquê temática a questão dos robôs, porquê Tanque Tanque e Satsugai Jiken. O vértice desse movimento vem com o mangá Garoto Planetade Osamu Tezuka, em 1952. A primeira versão do anime com o robô menino foi exibida em 1963.

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Humanóides e andróides

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Antes de seguir, uma breve reparo: os humanoides são robôs com formas semelhantes a dos humanos, porquê o Pepper, da SoftBank Robotics. Agora, os androides não só lembram os humanos, porquê são feitos com materiais que remetem à pele humana. Leste último grupo levará anos e mais anos para chegar ao mercado. Para Paré, nem os seus netos conviverão com máquinas do tipo, sendo que, hoje, ela sequer saem dos laboratórios.

Por outro lado, trabalhar no desenvolvimento desses robôs tem inúmeras vantagens, quando são pensados porquê plataformas de complicação. Por fim, “reproduzir um ser humano é reproduzir uma das criaturas mais complexas do universo”, explica. Nestes projetos, são unidos colaboradores de diferentes disciplinas, incluindo especialistas em psicologia e comportamento social, além das engenharias.

Entre os aprendizados que podem ser gerados a partir desses experimentos, Paré cita o desenvolvimento de sensores de pele para aumentar o nível de interação dos androides. Porquê resultado, é verosímil desenvolver um tipo de silicone, com um sistema que simula a circulação sanguínea, repleto de sensores, que poderá ser usado para acionar alarmes com cimalha intensidade de precisão ou melhorar a experiência de direção em veículos.

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O mais interessante é que tudo o que se vê, dentro da robótica, é fruto de uma ainda jovem superfície de conhecimento. Para os próximos anos, décadas e séculos, novas possibilidades envolvendo robôs serão imaginadas e criadas, superando marcos históricos. Lá nos anos 2000, o robô humanoide Asimo, da Honda, foi um marco, mas a sua produção já foi descontinuada, e invenções ainda mais complexas estão se tornando veras.

A exposição Convivendo com Robôsna Japan House São Paulo, é gratuita. O visitante poderá interagir com alguns dos robôs, porquê o Lovot e o Nicobo, testando se essas criações são, de veste, amigáveis, além de aprender sobre a história da robótica, a partir de uma completa retrospectiva que começa com o surgimento dos primeiros autômatos e as estátuas animadas.

Fonte

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