Setembro 28, 2024
Copom mantém Selic inabalável em 10,50% em votação unânime

Copom mantém Selic inabalável em 10,50% em votação unânime

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O Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou as projeções do mercado financeiro e manteve a taxa referencial Selic inabalável em 10,50% ao ano em uma decisão unânime dos nove diretores do Comitê.

Ao justificar a decisão, o Enviado indicou a premência de “interromper o ciclo de queda de juros” devido ao “cenário global incerto” e ao cenário doméstico marcado por “resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”.

O texto do Enviado indica que “a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente (…) a desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

No ponto mais surpreendente, o Enviado informa que o Copom “se manterá vigilante” e “relembra, uma vez que usual, que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”. No limite, essa decisão permite prever até mesmo uma elevação nos juros, apesar de essa hipótese ser considerada pouco provável.

Repercussões

A unanimidade em manutenção da taxa de juros afasta a princípio uma preocupação do mercado de que as futuras decisões pudessem ser tendenciosas e menos técnicas, diz Rodrigo Romero, economista da Levante Investimentos. “Isso tranquiliza investidores que temiam que os dirigentes indicados pelo atual governo pudessem ceder às pressões do presidente”, diz ele.

Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefiavaliou que a decisão do Copom “foi rigorosamente técnica” e “expressa a deterioração de variáveis-chave uma vez que a inflação e o estabilidade fiscal”. Para Tingas, o Enviado deixou evidente que “o cenário prescreve manutenção da atual taxa de juros por período prolongando”, e que “a calibragem do aperto monetário é instrumento ativo e preventivo, ou seja juros descem, sabem ou se mantém”.

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentosavaliou que “o BC reconheceu a ampliação da desancoragem das expectativas de inflação”. O Enviado elevou as projeções de inflação do cenário de referência subirem de 3,8% para 4,0% em 2024 e de 3,3% para 3,4% em 2025. Segundo ele, isso “sacramenta a perspectiva de que a taxa Selic ficará inabalável em 10,50% até, pelo menos, o termo do primeiro trimestre do ano que vem”.

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