Maio 6, 2025
Copom reduz taxa Selic em 0,25 ponto percentual para 10,50%

Copom reduz taxa Selic em 0,25 ponto percentual para 10,50%

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(Arquivo) Sede do Banco Central do Brasil (BCB) em Brasília, em 29 de maio de 2012
PEDRO LADEIRA

(Registo) Sede do Banco Meão do Brasil (BCB) em Brasília, em 29 de maio de 2012

PEDRO LADEIRA

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Meão cortou, nesta quarta-feira (8), sua taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual, para 10,50%, reduzindo o ritmo no atual ciclo de baixa, devido a um processo desinflacionário “mais lento” e um cenário global “provocador”.

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Leste é o sétimo golpe ininterrupto da Selic, em meio a mudanças na política fiscal e a um envolvente extrínseco “mais opoente”, indicou o Copom em transmitido.

A taxa de juros, anunciada pelo Copom posteriormente uma reunião de dois dias, está agora no nível mais plebeu desde fevereiro de 2022, quando era de 9,25%.

A menor magnitude do golpe é uma má notícia para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, desde a sua chegada ao poder, tem pressionado por uma queda acelerada para impulsionar o desenvolvimento econômico.

Lula tem insistido no tema porque a política de taxas altas implementada para controlar os preços encarece o crédito e desestimula o consumo e o investimento.

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“A ensejo atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, expectativas de inflação desancoradas e um cenário global provocador, demanda serenidade e moderação na meio da política monetária”, indicou o Copom.

Com a Selic a 10,50%, o Brasil continua em segundo lugar no ranking global das maiores taxas de juros reais (descontando a inflação projetada para 12 meses), detrás somente da Rússia, segundo o site MoneYou.

– Mudança de ritmo –

A decisão expôs divisões entre as autoridades do Copom sobre a moderação do ritmo dos cortes, com cinco votos em prol e quatro contra.

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No entanto, o comitê não divulgou estimativas sobre seu próximo passo, porquê é habitual.

O mercado estava dividido às vésperas da decisão, embora a maioria esperasse um ajuste de 0,25 ponto percentual, entre 118 instituições financeiras pesquisadas pelo jornal econômico Valor.

O golpe anterior da Selic foi em março, quando o Copom diminuiu a taxa em 0,5 ponto percentual, para 10,75%.

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Até agora, esse havia sido o ritmo uniforme dos cortes desde o início do ciclo em agosto de 2023, com a Selic a 13,75%.

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Mas a situação fiscal no Brasil e as dúvidas das autoridades das economias desenvolvidas sobre o rumo da inflação global aumentaram as incertezas.

O presidente do Banco Meão (BCB), Roberto Campos Neto, havia alertado em um exposição no mês pretérito para uma revisão das ações implementadas pelo Copom, ao indicar que a entidade faria “o que fosse necessário” para manter a inflação alinhada com suas expectativas.

Lula, no entanto, considera que a inflação, em 3,93% a.a. até março, está controlada e, portanto, não justifica o cimeira nível da Selic.

O mercado prevê uma subida nos preços ao consumidor de 3,72% no final deste ano, segundo a pesquisa Focus do BCB.

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Embora o número esteja dentro da meta, o Copom destacou uma tendência de subida nas expectativas de inflação subjacente.

O mercado espera uma Selic de 9,63% no final de 2024, uma expectativa em subida em relação ao mês pretérito (9%), segundo o boletim Focus.

– Incerteza doméstica e exterior –

No cenário doméstico, “o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado maior dinamismo do que o esperado”, indicou o Copom.

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Analistas alertaram sobre um reaquecimento do mercado de trabalho que pressiona a inflação, em pessoal, no setor de serviços.

Aliás, ponderou os riscos sobre mudanças recentes na política fiscal, posteriormente a postergação da meta de déficit zero pelo governo.

No envolvente extrínseco, o BCB prevê adversidades pela “incerteza elevada e persistente referente ao início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos e à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países”.

Dias detrás, o Federalista Reserve (Fed, Banco Meão dos Estados Unidos) condicionou o cenário, ao deixar sua taxa de referência na tira entre 5,25% e 5,50%.

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