Correio do Brasil | Petrobras reajusta preço do diesel, em meio a

A boa notícia, se é que ajuda de alguma forma a força-tarefa montada para promover a queda nos índices inflacionários, é que a gasolina não sofrerá alta, por enquanto.

Por Redação – de Brasília e Rio de Janeiro

Presidente da Petrobras, a engenheira Magda Chambriard levou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os planos da companhia para reajustar o preço do diesel nas próximas semanas. O momento, no entanto, não poderia ser pior, uma vez que o governo tenta, de forma enfática, reduzir os preços dos alimentos.

A boa notícia, se é que ajuda de alguma forma a força-tarefa montada para promover a queda nos índices inflacionários, é que a gasolina não sofrerá alta, por enquanto.

O grupo de ministros destacados para combater a carestia generalizada, nos preços dos alimentos, tenta se antecipar a problemas nas rodovias, ferrovias e portos que possam prejudicar a logística de escoamento da safra agrícola, neste início do ano, o que poderia gerar preços mais altos ainda.

Atenção

Para o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, a estratégia de escoamento da safra é um planejamento em conjunto com os ministérios da Agricultura e Portos e Aeroportos; além do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); a Polícia Rodoviária Federal (PRF); a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Santoro afirmou ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (Fsp), nesta terça-feira, que uma reunião está marcada para esta semana, na qual cada área envolvida levará os pontos de atenção que possam surgir. O executivo ressaltou que o custo de operação e o tempo entre o produtor e o local de venda têm efeito direto nos preços.

— Se uma rodovia estiver em pior estado de conservação, o custo para entregar a mercadoria no mercado, nas centrais de abastecimento (ceasas), será muito maior — constatou.

Concessões

A safra começou a ser colhida agora e deverá se estender neste ano até abril em razão das chuvas. O secretário disse também que a ANTT fará a articulação com as concessionárias de rodovias e ferrovias, e o Dnit, o monitoramento das rodovias que não são concessões à iniciativa privada.

Esse modelo de governança conjunta já foi adotado no ano passado. São ações de curtíssimo prazo, como gestão de filas e redução de danos nas rodovias, e medidas de médio e longo prazo. O plano está atrelado a investimentos de 60 obras estruturantes de melhoria do chamado corredor de agro para o escoamento da safra.

Santoro citou por fim, como exemplo, os casos em que ocorrem deslizamentos nas rodovias e é preciso agir rápido para liberar o trânsito. O governo agora tem contratos de manutenção que permitem agir imediatamente para desobstruir a via e permitir o seu funcionamento.

— Tínhamos boa parte da malha sem contrato de manutenção. Isso era muito ruim, porque se acontecesse um deslizamento, eu teria que fazer uma contratação emergencial que ainda demora para liberar o trânsito — concluiu.