Setembro 29, 2024
CPI: inflação nos EUA fica inabalável em maio, leitura mais fraca desde julho de 2022

CPI: inflação nos EUA fica inabalável em maio, leitura mais fraca desde julho de 2022

Ó índice de preços ao consumidor (CPI, na {sigla} em inglês) dos Estados Unidos ficou inabalável em maio já com ajustes sazonais, de pacto com o que divulgou nesta quarta-feira (12) o Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS, na {sigla} em inglês). É a leitura mais fraca da variação dos preços desde julho de 2022.

O ritmo de subida do dispêndio de vida, portanto, desacelerou em relação ao registrado em abril, quando havia avançado 0,3%. O número veio inferior das apostas dos analistas de que o ritmo observado em maio fosse igual ao registrado no mês anterior, que já havia surpreendido para ordinário. Os dados de março e fevereiro haviam surpreendido para cima.

  • Leia mais: Em seguida inflação desacelerar, mercado volta a apostar em dois cortes de juros nos EUA em 2024

Em 12 meses terminados em maio, o CPI acumulou subida de 3,3% antes dos ajustes sazonais, inferior dos 3,4% de abril e das expectativas de 3,5%. O núcleo da inflação, que exclui vitualhas e pujança, itens mais voláteis, subiu 0,2%, também melhor que as projeções (0,3%) e inferior do mês anterior. Em 12 meses, o núcleo acumula uma subida de 3,4%.

Logo posteriormente o oferecido, as taxas dos títulos de dívida americana caíram; o dólar cedeu contra o Real e os índices de ações americanos futuros reagiram de forma positiva. O índice de preços ao consumidor prepara o cenário para uma leitura favorável em maio do deflator de consumo pessoal (PCE) núcleo, que é a medida de inflação preferida do Fed, comenta Bernard Yaros, economista-chefe para os Estados Unidos da Oxford Economics.

O mercado segue tentando assestar quando começam os cortes de juros já apontados uma vez que prováveis pelo Federalista Reserve (Fed, o banco meão americano) – que finaliza reunião e solta novo transmitido nesta quarta (12), às 15h.

Mais ou menos inflação aproxima ou distancia a poder monetária de depreender a meta de 2% ao ano. Portanto, em tese, adia ou antecipa o ciclo de quedas.

Quanto mais juros forem praticados ao longo do tempo nos Estados Unidos, mais atratividade tende a lucrar a renda fixa global. Do mesmo modo, melhor para investidores de bolsa quanto menor for o “preço do quantia” por lá. Importa, em próprio, a mercados acionários ditos mais arriscados, caso do Brasil.

Segundo analistas da corretora Guide, o resultado do índice pode ter um grande impacto nas projeções econômicas do Fed, que serão finalizadas poucas horas depois do relatório e divulgadas em conjunto com a decisão sobre juros.

André Valério, economista sênior do Inter, aponta que o super núcleo, medida acompanhada de perto pelo presidente do Fed, Jerome Powell, e que exclui do núcleo da inflação de serviços os gastos com habitação, apresentou variação negativa de 0,04%, acumulando subida de 4,7% nos últimos 12 meses, inferior dos 4,9% observados em abrilprimeira desaceleração desde dezembro.

“O índice veio na direção que o Fed gostaria e deve dar maior tranquilidade para a reunião de hoje. De modo universal, foi um resultado muito pacífico, com as tendências de altas sendo revertidas tanto na média traste de 6 meses quanto na de 3 meses, reduzindo os temores de uma reaceleração da inflação”

O único ponto de atenção, afirma Valério, continua sendo a inflação de habitação, que mantém tendência de desaceleração no amontoado em 12 meses, mas acelerou na conferência mensalo que, juntamente a um mercado de trabalho aquecido, pode se mostrar um entrave ao processo de desinflação. “Ainda assim, com o oferecido de hoje, mantemos nossa expectativa de início do ciclo de cortes nos juros americanos na reunião de setembro.”

William Castro Alves, estrategista-chefe da corretora Avenue, apesar de os números da inflação em maio vierem inferior do esperado em todas as diferentes medições, tanto no núcleo e quanto no seu índice pleno, nas comparações mensal e anual, em bases anuais o progresso dos preços ainda está muito supra da meta do Fed de 2%. “Porém, quando anualizamos os dados dos últimos 3 meses chegamos a um número de 3,3%, menor que os 4,1% da mesma conferência no mês anterior”.

Ainda assim, Alves acredita que o Fed vai querer ver a perenidade dessa evolução nos próximos dados para chancelar a possibilidade de cortes de juros.

“Acreditamos que o oferecido eleva a possibilidade de termos cortes de juros em setembro, ainda que tal possibilidade continue sendo imprevisível. Até lá temos mais três dados de inflação que podem contribuir para materialização desse cenário”.

Claudia Rodrigues, economista do C6 Bankressalta que o cenário continua sendo de mercado de trabalho aquecido e renda elevada, que mantêm o consumo possante e pressiona os preços. “Vários indicadores de núcleos de inflação, inclusive os divulgados pelo Fed, mostram que o aumento de preços está estabilizando perto de 3%, ou seja, em um patamar ressaltado”

Neste contexto, o C6 mantém a visão de que o Fed não deve debutar a trinchar juros nascente ano, preferindo esperar por mais evidências de desaceleração da inflação.

Estados Unidos EUA economia americana inflação — Foto: GettyImages
Estados Unidos EUA economia americana inflação — Foto: GettyImages

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