Maio 9, 2025
cultivação surpreendida com ‘revolta’ climática

cultivação surpreendida com ‘revolta’ climática

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Resiliência foi uma das palavras mais ouvidas pela reportagem da Mundo Rústico em 2023. Na boca do produtor, a preocupação com o amanhecer pluvioso ou com o meio da tarde com termômetros marcando mais de 40 graus no solo.

Foi difícil seguir o calendário de plantio, ao passo que houve uma explosão de tecnologias embutidas em sementes, insumos, máquinas para tentar evitar consequências causadas pelo clima. O El Niño foi vilão de muitos cultivos, principalmente no segundo semestre do ano, mas não freou agricultores.

Na maior rossio produtora de soja do Brasil, o Mato Grosso, o demorado de plantio de soja para safra 2023/24 tirou o sono de grandes produtores e líderes de mercado, depois de uma colheita recorde. A principal cultura de exportação, entretanto, teve queda de preços que impactou no comportamento do produtor, que segurou mais, mas deve terminar o ano com pagamentos melhores diante das preocupações com o clima que fizeram o mercado reagir. Já no Meio-Oeste pode, o cultor passar a viradela do ano plantando.

Volatilidade da soja atrapalhou a comercialização principalmente no primeiro semestre de 2023 — Foto: José Medeiros
Volatilidade da soja atrapalhou a comercialização principalmente no primeiro semestre de 2023 — Foto: José Medeiros

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O cereal teve altos e baixos em 2023. Começou o ano com preços em queda e no segundo semestre colocou o produtor que estava nas áreas de potente seca, o que também atrasou o plantio. Alguns agricultores decidiram mudar o cultivo por sorgo e até cevada no Paraná, outros apostaram na variedade pipoca. As projeções de colheita diminuíram e as exportações ficaram concentradas nos portos do Sudeste.

O milho é a segunda commodity mais importante para a balança comercial brasileira — Foto: Yoki/Divulgação
O milho é a segunda commodity mais importante para a balança mercantil brasileira — Foto: Yoki/Divulgação

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Manejo regenerativo, adoção de biológicos mais intensa e cuidados com solo marcaram o ano dos produtores de moca arábica do Entupido Mineiro, o principal produtor da variedade no Brasil. O ano também foi surpreendente para os cafeicultores do Espírito Santo, que aproveitaram as quebras de safra da Indonésia e do Vietnã para oferecer o conilon brasílio a outras rotas internacionais.

Planta com as cerejas de café maciças, o que indica bom desenvolvimento do grão — Foto: Envato
Vegetal com as cerejas de moca maciças, o que indica bom desenvolvimento do grão — Foto: Envato

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Se o clima castigou muitas culturas, a cana-de-açúcar passou com maior fôlego pelas intempéries de 2023. A produção e a moedura aumentaram, além das usinas vão fechar o ano com resultado maior. Do lado ambiental, a cultura alavancou o reaproveitamento de resíduos para transformá-los em insumos ou virilidade.

Apesar de alguns produtores de cana ficarem no vermelho este ano, a cultura rentabilizou na indústria e deve entrar 2024 como 'commodity destaque' — Foto: Globo Rural
Apesar de alguns produtores de cana ficarem no vermelho leste ano, a cultura rentabilizou na indústria e deve entrar 2024 uma vez que ‘commodity destaque’ — Foto: Mundo Rústico

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O produtor de laranja, principalmente, desde maio previa uma queda na safra brasileira devido ao greening, que atingiu lavouras de São Paulo e de Minas Gerais leste ano. O calor fez o consumo da fruta aumentar, mas ao longo dos 12 meses, o manejo foi repleto de cuidados para evitar pragas e doenças.

O Estado de São Paulo é o maior produtor de laranja do mundo — Foto: Globo Rural
O Estado de São Paulo é o maior produtor de laranja do mundo — Foto: Mundo Rústico

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A pluma mais charmosa do Brasil pode ter destaque no mundo, devido a quebras nos EUA. Da passarela do São Paulo Fashion Week a preços subindo na bolsa de Novidade York e animando produtores brasileiros, o algodão se consolidou referência em rastreabilidade e certificação.

Imagem da pluma de algodão, pronta para ser colhida — Foto: Wenderson Araujo/CNA
Imagem da pluma de algodão, pronta para ser colhida — Foto: Wenderson Araujo/CNA

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Seguindo à risca o provérbio indiano que diz “segura a chuva da chuva onde ela cai”, produtores familiares começaram a “plantar chuva” por meio das barraginhas, elevando a produtividade das lavouras e a sustentabilidade e deixando de lado a teoria de transmigrar para a zona urbana. De olho no tesouro hídrico, em privativo devido à seca, empresas também investiram em tecnologia uma vez que aliadas da gestão de chuva.

Uso eficiente da água pode aumentar irrigação na agropecuária — Foto: Globo Rural
Uso eficiente da chuva pode aumentar regadura na agropecuária — Foto: Mundo Rústico

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E teve muitas histórias inspiradoras

Mesmo com tantos desafios, muitos produtores brasileiros foram exemplo de manejo ambiental e produção sustentável. Histórias que são destaques na revista Mundo Rústico de agosto deste ano, além de outras que evidenciam oportunidades de novos cultivos no país, uma vez que o mirtilo.

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Hudson Laviola investe em agrofloresta na Fazenda Anauá — Foto: Rogerio Albuquerque
Hudson Laviola investe em agrofloresta na Herdade Anauá — Foto: Rogerio Albuquerque

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